Na verdade não foi hoje, mas na 2ª feira.
Mas é hoje o funeral de António Ramos Rosa e, por isso, aqui fica esta referência ao poeta que escreveu um dia Não posso adiar o amor para outro século...e tantos outros poemas, tão ou mais belos, como este que hoje partilho convosco:
É por ti que vivo!
Mas é hoje o funeral de António Ramos Rosa e, por isso, aqui fica esta referência ao poeta que escreveu um dia Não posso adiar o amor para outro século...e tantos outros poemas, tão ou mais belos, como este que hoje partilho convosco:
É por ti que vivo!
Amo o teu túmido candor de astro
a tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade acesa sempre altiva
Por ti eu sou a leve segurança
de um peito que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hálito de pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata
Se guardo algum tesouro não o prendo
porque quero oferecer-te a paz de um sonho aberto
que dure e flua nas tuas veias lentas
e seja um perfume ou um beijo um suspiro solar
Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de chuva
para que sintas a verde frescura
de um pomar de brancas cortesias
porque é por ti que vivo é por ti que nasço
porque amo o ouro vivo do teu rosto.
*verso do fado Morreu um poeta. Toda a letra aqui.
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