sexta-feira, 28 de novembro de 2014

À conversa com o Dr. Laborinho Lúcio...



Na senda de outras palestras que tem promovido, o Rotary Clube de Peniche terá como convidado, no próximo dia 4 de dezembro (5ª feira), o Dr. Álvaro Laborinho Lúcio, num encontro marcado para as 21h30, no Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche. 

O livro que publicou este ano, sob a chancela da Quetzal -“O Chamador”- dará o mote para uma conversa que se adivinha enriquecedora, dadas as experiências cívicas, pessoais e profissionais e a reconhecida capacidade comunicativa do palestrante.  

Esta iniciativa conta, mais uma vez, com o apoio do Município de Peniche e é de entrada livre. Para saberem mais, cliquem aqui.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

"Meu barquinho de papel"

Já diz o ditado que "não há duas sem três!"
Depois de "Há barcos no cais!" e "Porto de abrigo", Alice Pitau lança no próximo sábado, dia 29 de novembro, o seu 3º livro de poemas: "Meu barquinho de papel". Será às 21h30, no Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche.Não percam!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Francisco em Estrasburgo

O Papa Francisco foi hoje ao Parlamento Europeu e, mais uma vez, "meteu o dedo na ferida", sem deixar de lado a esperança:  

"Queridos eurodeputados, chegou a hora de construir juntos a Europa que gira não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; a Europa que abraça com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente". 

Família, trabalho, migração, ecologia, a "cultura do descartável" e do "consumismo exacerbado", a solidão e a liberdade religiosa foram alguns dos assuntos abordados no discurso, sobre o qual poderão saber mais aqui. 

Ainda antes de deixar Estrasburgo,  Francisco dirigiu também umas palavras ao Conselho da Europa -estas palavras- de que destaco alguns parágrafos: 
"(...) Aliás o caminho privilegiado para a paz – para evitar que volte a acontecer o que sucedeu nas duas guerras mundiais do século passado – é reconhecer no outro, não um inimigo a combater, mas um irmão a acolher. 
(...)
Juntamente com as raízes – que é preciso procurar, encontrar e manter vivas com o exercício diário da memória, pois constituem o património genético da Europa –, existem os actuais desafios do Continente que nos obrigam a uma criatividade contínua, para que estas raízes sejam fecundas nos dias de hoje e se projectem para as utopias do futuro. 
(...)
De facto, a cultura nasce sempre do encontro mútuo, tendente a estimular a riqueza intelectual e a criatividade de quantos nele participam; e isto, além de ser a actuação do bem, é beleza. Os meus votos à Europa são de que, redescobrindo o seu património histórico e a profundidade das suas raízes, assumindo a sua viva multipolaridade e o fenómeno da transversalidade dialogante, encontre novamente aquela juventude de espírito que a tornou fecunda e grande."

Nesta que foi a mais curta visita papal de sempre, por certo as palavras do Papa ficarão a ecoar na mente e nos corações de todos os que as puderam ouvir/ler muito mais horas dos que as que durou a viagem-relâmpago de Francisco.

Basta...

Assinala-se hoje o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. E se esta é uma realidade que, por esse mundo fora tem contornos diversos, já que a violência tem muitas caras -basta recordar a forma como a mulher ainda é vista como um ser inferior em muitas culturas- em Portugal é preocupante o número de mulheres vítimas de crimes mortais (já para não falar  noutros géneros de violência): o ano ainda não acabou e já há registo de 37 mulheres assassinadas pelos companheiros, ex-companheiros ou familiares.
Não só, mas também por isso,  a Associação de Apoio à Vítima (APAV) lançou esta campanha:


sábado, 22 de novembro de 2014

Poema para um fim de semana...

Este foi um dos que ecoaram ontem, na tertúlia poética que teve lugar no CAR Peniche: Ruy Belo e o seu "Morte ao meio dia"...

No meu país não acontece nada
à terra vai-se pela estrada em frente
Novembro é quanta cor o céu consente
às casas com que o frio abre a praça

Dezembro vibra vidros brande as folhas
a brisa sopra e corre e varre o adro menos mal
que o mais zeloso varredor municipal
Mas que fazer de toda esta cor azul

Que cobre os campos neste meu país do sul?
A gente é previdente cala-se e mais nada
A boca é pra comer e pra trazer fechada
o único caminho é direito ao sol

No meu país não acontece nada
o corpo curva ao peso de uma alma que não sente
Todos temos janela para o mar voltada
o fisco vela e a palavra era para toda a gente

E juntam-se na casa portuguesa
a saudade e o transístor sob o céu azul
A indústria prospera e fazem-se ao abrigo
da velha lei mental pastilhas de mentol

Morre-se a ocidente como o sol à tarde
Cai a sirene sob o sol a pino
Da inspecção do rosto o próprio olhar nos arde
Nesta orla costeira qual de nós foi um dia menino?

Há neste mundo seres para quem
a vida não contém contentamento
E a nação faz um apelo à mãe,
atenta a gravidade do momento

O meu país é o que o mar não quer
é o pescador cuspido à praia à luz
pois a areia cresceu e a gente em vão requer
curvada o que de fronte erguida já lhe pertencia

A minha terra é uma grande estrada
que põe a pedra entre o homem e a mulher
O homem vende a vida e verga sob a enxada
O meu país é o que o mar não quer.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

"Na onda da poesia..."


"A poesia anda por aí…" regressa já amanhã, dia 21 de novembro, com uma sessão no Centro de Alto Rendimento de Peniche. Será às 21h30, sob o  tema na onda da poesia…

Entre textos poéticos inspirados no "mar", essa fonte de inspiração de excelência, e outros tantos textos de poetas  nascidos ou falecidos em novembro (como é o caso de Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andersen, Cecília Meireles, José Saramago, Manuel António Pina, António Gedeão e Fernando Pessoa), adivinha-se uma noite poética a não perder!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Há coisas que dão gosto ver e ouvir!

Em julho deste ano anunciava aqui no blogue a distinção que Carlos do Carmo haveria de receber em novembro. Chegados ao 11º mês do ano, hoje foi o dia do artista português receber o Grammy que distingue a sua "Carreira"
Para assinalar a data, a Rádio Comercial juntou 35 artistas nacionais  (e tão bons que eles são!) que interpretam verso a verso 
os 35 versos de "Lisboa,menina e moça". 

Aqui fica, para verem e ouvirem muitas vezes, esta magnífica homenagem. 


Parabéns Carlos do Carmo! (e parabéns Rádio Comercial pela feliz ideia, tão bem concretizada, numa Lisboa que para além de "menina e moça" é LINDA!!!) 

Domingo de festa(s)

A Igreja de São Pedro esteve cerca de dois anos fechada, para obras de conservação, melhoramentos e restauro. 
Reabre no próximo domingo, 23 de novembro, com a celebração de uma Eucaristia presidida pelo Sr. Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
Num investimento superior a 850.000 euros,o projeto foi financiado em 80% pelo Mais Centro - Programa Operacional Regional do Centro, numa candidatura realizada pela Câmara Municipal de Peniche, cabendo à Paróquia de Peniche custear o investimento não elegível pela candidatura, que foi aproximadamente de 172.000 euros. 
A intervenção contemplou a conservação e restauro de toda a arte sacra, a substituição do telhado do edifício, obras no altar e sacristia e trabalhos de pintura (interior e exterior). Destaque para a descoberta de uma pintura de brutesco (género autónomo usado na arte portuguesa) da autoria do pintor Pedro Peixoto, no teto da capela-mor.

A Igreja abrirá portas às 09h30 e a eucaristia será celebrada às 10h00. E para que todos possam passar por S. Pedro nesse dia, a igreja só encerrará às 22h00, estando previstas duas visitas guiadas ao monumento restaurado (às 15h00 e às 17h00).

Neste que é o último domingo do Ano Litúrgico - em que se celebra a Solenidade de Cristo Rei-  é também, de há uns a esta parte, o dia da Festa Anual da Associação de Acólitos de Peniche.  
Duas ocasiões festivas, para fazer do próximo domingo um dia ainda maior!


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Há músicas (muito) boas de ouvir! XXVI

Esta, é uma dessas: "Do they know it´s Christmas?".
Uma bela canção com o selo Band Aid, aqui na versão 2014, dada a conhecer esta semana...bem a tempo de nos imbuir do espírito natalício! 


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Venham conhecer melhor o projeto David Melgueiro...

Como forma de assinalar o Dia Nacional do Mar que se comemorou ontem, o Rotary Clube e a Câmara Municipal de Peniche promoverão no próximo dia 20 de novembro (5ª feira), pelas 21h30, no Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche, uma palestra acerca do Projeto David Melgueiro e da expedição Marborealis.
Esta sessão pretende fazer um ponto de situação do projeto –apresentado publicamente, no passado mês de março, na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar-  e os palestrantes serão o Cap. José Mesquita e a Engª Sara Aparício
Para saberem mais, cliquem aqui.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

"Regresso"


Hoje, um poema de Alda Lara (1930-1962), escritora angolana que à data da escrita deste REGRESSO (1948) estudava em Lisboa.
Um poema de saudade e esperança, com a cor dos trópicos...


Quando eu voltar,
que se alongue sobre o mar,
o meu canto ao Creador!
Porque me deu, vida e amor,
para voltar...
Voltar...
Ver de novo baloiçar
a fronde majestosa das palmeiras
que as derradeiras horas do dia,
circundam de magia...
Regressar...
Poder de novo respirar,
(oh!...minha terra!...)
aquele odor escaldante
que o húmus vivificante
do teu solo encerra!
Embriagar
uma vez mais o olhar,
numa alegria selvagem,
com o tom da tua paisagem,
que o sol,
a dardejar calor,
transforma num inferno de cor...
……………………………….........…..…..
Não mais o pregão das varinas,
nem o ar monótono, igual,
do casario plano...
Hei-de ver outra vez as casuarinas
a debruar o oceano...
Não mais o agitar fremente
de uma cidade em convulsão...
não mais esta visão,
nem o crepitar mordente
destes ruídos...
os meus sentidos
anseiam pela paz das noites tropicais
em que o ar parece mudo,
e o silêncio envolve tudo
Sede...Tenho sede dos crepúsculos africanos,
todos os dias iguais, e sempre belos,
de tons quasi irreais...
Saudade...Tenho saudade
do horizonte sem barreiras...,
das calemas traiçoeiras,
das cheias alucinadas...
Saudade das batucadas
que eu nunca via
mas pressentia
em cada hora,
soando pelos longes, noites fora!...
…………………………………............……..
Sim! Eu hei-de voltar,
tenho de voltar,
não há nada que mo impeça.
Com que prazer
hei-de esquecer
toda esta luta insana...
que em frente está a terra angolana,
a prometer o mundo
a quem regressa...
Ah! quando eu voltar...
Hão-de as acácias rubras,
a sangrar
numa verbena sem fim,
florir só para mim!...
E o sol esplendoroso e quente,
o sol ardente,
há-de gritar na apoteose do poente,
o meu prazer sem lei...
A minha alegria enorme de poder
enfim dizer:
                   Voltei!...