Hoje o post só poderia ser sobre o resgate dos mineiros chilenos. No meio de tantas notícias negativas, com que somos bombardeados diariamente, há que dar eco às notícias felizes (mesmo que decorram de acontecimentos -na origem- infelizes, como foi o caso). Foi um acontecimento em que vale a pena reflectir:
- pela capacidade de sobrevivência e convivência humanas, demonstrada pelos mineiros, mesmo nas situações mais difíceis;
- pela solidariedade gerada a nível global, que se traduziu no empréstimo de equipamentos para resgate, em ofertas várias e em mensagens de apoio;
- pelo trabalho desenvolvido pelas equipas multidisciplinares, que trabalharam ao longo destes dois meses para que fosse possível o sucesso do resgate
- ...e por muitos outros motivos que podíamos elencar aqui.
A mim, esta história remeteu-me imediatamente para um outro acontecimento que teve lugar nas proximidades deste e que deu origem a um dos filmes que mais me marcaram na vida: Estamos vivos! Anos mais tarde li o livro "Milagre nos Andes", de Nando Parrado, que relata na 1ª pessoa este acontecimento.
Porque, apesar de todas as diferenças (enquanto os uruguaios resistiram 72 dias nas montanhas dos Andes, suportando temperaturas gélidas, a 3650 metros de altitude; os chilenos estiveram 69 dias no subsolo, a 700 metros de profundidade, suportanto temperaturas acima dos 30º), há muitos denominadores comuns, sobretudo aquilo a que muitos se agarraram para sobreviver: o amor! O amor pelas famílias, por quem os esperava, pela vida...que ficou bem patente nas reacções que cada um teve no regresso à superfície.
E, no meio das várias coincidências (ou sinais) com o número 33 que foram sendo citadas -dia (13/10/10=33), 33 dias para perfurarem o solo ; 33 mineiros- acabei de descobrir mais uma: enquanto o dia 13 de Outubro de 1972 marcou o despenhamento do avião uruguaio, o mesmo dia, 38 anos depois, ficou para a história como o do bem sucedido resgate dos trabalhadores chilenos. É caso para gritar bem alto: Viva la vida!
1 comentário:
....belo texto. foi de facto emocionante e dá que pensar ...obrigada.
maria
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