Eu Te bendigo, Senhor,
Pela nobre fidalguia das palmeiras,
Pelo conchego humilde dos pitósporos,
Pela suave fresquidão das tramagueiras,
Pelo porte aristocrático
Das viris e imponentes araucárias,
Pelo chorão que, louco, se esparralha
Em roxo e amarelo pelas arribas,
Pelas armérias-saudades, de lilás,
Pelas camarinheiras que, de humildes,
Atapetam de pérolas e sonho
O chão que nós pisamos,
pelas algas que, na maré vazia respiramos,
pelo perfume que, do funcho-marítimo, se evola!
Eu Te bendigo, Senhor,
Pelas ondas que se espraiam, embaladas,
E que apetece beijar,
Pelo Sol que nos aquece
E que adormece
No mar,
Pelo cárcere das palavras
Que se conseguem soltar,
Pelo chicote dos abraços
Que, por sentir, me dão vida!
Eu Te bendigo, Senhor,
Pela força que me dás
Para suportar a dor que me consome!
Eu Te bendigo, Senhor, por ser quem sou
E de amor e de paz eu sentir fome!
Pela nobre fidalguia das palmeiras,
Pelo conchego humilde dos pitósporos,
Pela suave fresquidão das tramagueiras,
Pelo porte aristocrático
Das viris e imponentes araucárias,
Pelo chorão que, louco, se esparralha
Em roxo e amarelo pelas arribas,
Pelas armérias-saudades, de lilás,
Pelas camarinheiras que, de humildes,
Atapetam de pérolas e sonho
O chão que nós pisamos,
pelas algas que, na maré vazia respiramos,
pelo perfume que, do funcho-marítimo, se evola!
Eu Te bendigo, Senhor,
Pelas ondas que se espraiam, embaladas,
E que apetece beijar,
Pelo Sol que nos aquece
E que adormece
No mar,
Pelo cárcere das palavras
Que se conseguem soltar,
Pelo chicote dos abraços
Que, por sentir, me dão vida!
Eu Te bendigo, Senhor,
Pela força que me dás
Para suportar a dor que me consome!
Eu Te bendigo, Senhor, por ser quem sou
E de amor e de paz eu sentir fome!