Ontem à noite pude apreciar a lua espelhada nas águas de Peniche de Cima e, nem de propósito, poucos minutos depois, alguém (que sabe do meu gosto pela poesia) ofereceu-me um postal com o belíssimo poema de Fernando Pessoa, MAR PORTUGUÊS:
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
O poema é um olhar sobre o mar e constava num postal feito a propósito do Dia Mundial do Mar, entregue na sessão comemorativa que o assinalou ontem em Paço d'Arcos. Como acredito em sinais, mais do que em coincidências, achei que este era o ensejo para dar conhecimento do programa que (até final do mês) por todo o país, celebrará este mar que é nosso, e também da exposição dos trabalhos deste concurso que está patente no Cais do Cerco, do Porto de Peniche, à espera de uma visita nossa...porque nunca são demais os olhares sobre o mar!
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