Nesta 2ª feira regresso a"Rezar a Vida" de Paulo Duarte, SJ e o capítulo que transcrevo chama-se "Fé sólida" e relata um diálogo do Pe. Paulo com uma paroquiana...
- P. Paulo, ouvi-o há pouco na Missa...e como gostava de ter uma fé sólida.
- O que entende por "fé sólida"?
- Que nunca duvidasse. Que sentisse sempre Deus presente na minha vida. Que nunca vacilasse diante do sofrimento ou das crises e maleitas da vida.
- Hmm, pelo que vejo gostava de estar no céu.
- Como assim?
- Com esses absolutos todos, só mesmo no céu, rodeada de anjos e dos santos.
- Mas aí estaria morta!
- Bem, sim, teria atravessado a morte e estaria viva no céu.
- Ui, não tenho pressa.
- Já somos dois. [demos uma gargalhada] A fé, por mais voltas que demos estando por estes caminhos terrenos, implica dúvida e dúvidas. Se pensarmos bem, as dúvidas ajudam a libertar imagens de Deus que nos atravessam o consciente e o inconsciente.
Sentir Deus na Vida é sentir o seu empurrão ao crescimento, que implica atravessar a descrença e o desespero. No entanto, como disse há pouco falando de Santa Teresinha, o que nos salva é o amor.
- Mas isso é difícil.
- Não impossível. O grande desafio do cristianismo, aliás, da humanidade, é mesmo o amor.
- Então, tenho de desejar é um amor sólido.
- E se for antes um amor simples e autêntico?
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