Quer queiramos, quer não, a morte continua a ser um tema tabu, independentemente de ser uma das poucas certezas que temos na vida!
Consequentemente, os assuntos com ela relacionados, continuam a ser difíceis de abordar.
Eu própria hesitei na partilha desta ideia....mas depois pensei como -para além de altamente ecológica, a montante e a jusante- é uma ideia bonita: não esquecendo o Lembra-te que és pó e ao pó hás-de voltar! (Gn 3, 19), gostei da simbologia deste regresso à terra, dentro de um "ovo" e com o propósito de dar vida!
Custa-nos sempre falar destes temas -bem sei...- mas a verdade é que precisamos de falar deles! Falo por mim: das alternativas disponíveis, não gosto do tradicional enterro em "caixão" (só a palavra, arrepia)...o "gavetão" ainda consegue ser pior e a cremação também não me agrada em pleno!
E porquê permanecermos agarrados às formas tradicionais num mundo em constante mudança e a precisar do nosso contributo para a sua sustentabilidade (até neste plano) ?
E porquê permanecermos agarrados às formas tradicionais num mundo em constante mudança e a precisar do nosso contributo para a sua sustentabilidade (até neste plano) ?
Se o projeto vingar, já sabem: tem a minha preferência!
É o mais ecológico e orgânico, não colide com nenhuma crença religiosa e ainda consegue fazer dos cemitérios um sítio bonito e aprazível!
Como se não bastasse, fez-me lembrar uma história recente que li (e os livros são sempre uma inspiração,
pelo menos para mim):
A árvore das recordações onde, precisamente no local onde a raposa "adormeceu para sempre", foi crescendo uma árvore, à medida que os amigos recordavam os bons momentos que tinham vivido com ela.
E, como "as conversas são como as cerejas", ainda a propósito da morte e das memórias que deixamos nos outros, fiquem com outra sugestão:
o filme "Coco", de que também gostei muito.
Quer o livro, quer o filme, apesar de estarem cotados como "para a infância", são para todas as idades...e quer queiramos quer não, a morte faz parte da nossa vida desde que nascemos e vai-se tornando presença mais assídua à medida que "crescemos", quer pela morte dos que não são queridos, quer pela maior consciência da nossa finitude com o passar dos anos.
Entretanto...há uma vida para viver!
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