Há uns anos (julgo que a propósito de um sketch humorístico de Herman José) o título deste post foi a pergunta da ordem nas comemorações de Abril. Recupero-a hoje, neste texto com que assinalo os 40 anos da Revolução dos Cravos, respondendo à pergunta: tal como muitos dos que nasceram nesse belo ano de 74*, a 25 de abril eu estava devidamente protegida e aconchegada na barriguinha da minha mãe ;) Fui "concebida antes e nascida após" -como costumo dizer quando o marco histórico é o dia inicial, inteiro e limpo (como o definiu Sophia de Mello Breyner Andersen): 25 de abril de 1974.
As fotos que acompanham o post de hoje foram tiradas em finais de abril/princípios de maio de 74, no decorrer de uma excursão à Serra da Estrela, e embora a barriguinha da minha mãe ainda não denuncie a gravidez (afinal, ainda eram só 4 os meses de gestação) eu sei que estou lá!
Para além da minha mãe, nas fotos estão: o meu pai, a minha tia Juju, o meu avô Zé Mô'velho, as minhas primas Manelinha e Cristina e mais uns senhores e umas meninas que não consigo identificar.
E já agora, a propósito de estar no ventre da minha mãe e de hoje ser dia da poesia andar por aí, deixo-vos com Adriano Correia de Oliveira (um dos grandes intérpretes do canto de intervenção ) cantando Fala do Homem Nascido, de António Gedeão:
*Intitulado "A Colheita de 74", a revista Notícias TV do DN trás hoje um artigo sobre alguns dos filhos da revolução que estamos habituados a ver na TV. É o caso dos atores Marco D'Almeida, Sofia Alves, Dalila do Carmo e São José Correia; dos humoristas Ricardo Araújo Pereira e Fernando Alvim; e dos apresentadores Nuno Eiró e Marisa Cruz.