"Estamos numa fase de pré-anarquia que vai levar-nos a uma nova Idade, mais humanista, mais espiritualizada. As doenças serão combatidas, a produtividade e a distribuição alteradas, os rendimentos das pessoas deixarão de provir dos empregos, que acabarão. A sociedade civil alargar-se-á, o poder será descentralizado, o lazer libertará as populações, a palavra voltará a ter mais importância que a imagem, as pessoas do que as coisas. O século XXI será religioso, fraterno. É precisamente nos períodos de anarquia que se refaz a história, se criam ideias, se lançam ideologias."
As palavras reproduzidas acima são do século passado e foram ditas ou escritas - não sei ao certo quando, nem em que contexto- por Agostinho da Silva. Tendo em conta os dias que vivemos (e que Agostinho faleceu em 1994) há nelas algo de profético...como, aliás, há em muitas das reflexões e teorias deste homem, que tive o prazer de ver e ouvir -ao vivo e a cores- no final dos anos 80, no adro do Santuário de Nª Senhora dos Remédios, no âmbito de uma semana cultural - a chamada Art'imágica- promovida pela escola que na altura frequentava: o, para muitos, saudoso Externato Atlântico.
As palavras reproduzidas acima são do século passado e foram ditas ou escritas - não sei ao certo quando, nem em que contexto- por Agostinho da Silva. Tendo em conta os dias que vivemos (e que Agostinho faleceu em 1994) há nelas algo de profético...como, aliás, há em muitas das reflexões e teorias deste homem, que tive o prazer de ver e ouvir -ao vivo e a cores- no final dos anos 80, no adro do Santuário de Nª Senhora dos Remédios, no âmbito de uma semana cultural - a chamada Art'imágica- promovida pela escola que na altura frequentava: o, para muitos, saudoso Externato Atlântico.
Vale a pena ler e refletir acerca das muitas considerações que Agostinho da Silva foi proferindo ao longo da sua longa vida. Sugiro que comecem por aqui, sigam por aqui ou por qualquer outra obra da sua bibliografia. Quanto a mim, tenho-me encontrado com as suas palavras por diversas vezes (como foi o caso destas que publico hoje) e fico sempre com um sorriso ao lê-las: há nelas sonho, utopia (porventura), sabedoria, otimismo...um "saber viver" e uma profunda crença na capacidade humana de ser feliz!
E, já agora, mais uma curiosidade. Sabem qual era a morada deste pensador?...pois é: nada mais, nada menos que Travessa do Abarracamento de Peniche, nº 7! (Rua que deve o seu nome ao aquartelamento/acampamento do Regimento de Infantaria 13 -antigo Regimento de Peniche- que foi chamado à capital para ajudar nas difíceis tarefas de evitar pilhagens e manter a ordem pública, logo após o terramoto de 1755.)
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