quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Para acólitos, antigos-acólitos e todos os que quiserem ler ;)

O Movimento Litúrgico de Jovens de Peniche - Associação de Acólitos está na semana de preparação para a sua Festa Anual, que se assinala sempre em Domingo de Cristo Rei, o Domingo que, na liturgia da Igreja, antecede o Advento.

Depois do Retiro de fim de semana, 2ª feira foi dia de reflexão pessoal, 3ª feira foi dia de nos encontrarmos à volta do altar (na eucaristia das 19h00), 4ª feira foi dia de oração noturna na Capela do Lar e hoje é o chamado dia da partilha.

Nele somos convidados a partilhar palavras, gestos, objectos ou atitudes que falem deste ser acólito. Como já perceberam, pelo que escrevi até aqui, também eu sou acólita e há pouco dei por mim a pensar o que fazer para que este dia não passasse em branco

Decidi-me a escrever este texto que, porventura, será lido por muitos daqueles que ao longo dos 54 anos de história desta associação foram passando por aqui…Por alguns, tenho um carinho especial, aqueles a que chamo “os do meu tempo”… Ou não fosse eu uma  nostálgica incorrigível! Na verdade, os que hoje partilham comigo este serviço e a pertença a esta associação também são do meu tempo. Mas aqueles a que me refiro são os que cá estavam quando entrei para este movimento (em Junho de 1985), ou foram entrando nos anos seguintes, e que marcaram a minha adolescência e juventude. Para esses, que partilharam comigo esses tempos, vai um ABRAÇO ESPECIAL.

Felizmente, alguns continuam a fazê-lo e é natural que tenhamos, entre nós, uma cumplicidade maior. E para esses vai um ABRAÇO UM BOCADO MAIS APERTADINHO ;)

Depois há os que fui (re)conhecendo como (antigos) acólitos: e é uma família enorme a dos que, ao longo deste meio século, encontraram no acolitado a sua forma de estar mais perto de Cristo. Muitos tornaram-se até, aquilo a que se convencionou chamar, “católicos não-praticantes”, mas é com indisfarçável orgulho que mencionam os seus tempos de acolitado. Alguns, fruto da intervenção do Espírito Santo (que não brinca em serviço) voltaram à Igreja –e alguns ao acolitado- mais recentemente. Para todos (mesmo os que não conheço) vai um CUMPRIMENTO PARTICULAR, de quem se reconhece da mesma família. Como diria o Sr. Prior (Pe. Bastos): “Uma vez acólito, acólito sempre…”

E por falar em Sr. Prior, esta associação só existe porque ele assim a criou e acompanhou ao longo de todos estes anos. Foi ele que a moldou, como escola de serviço, de educação cívica e educação litúrgica (três das mais-valias desta associação)… Foi ele que nela implantou o acolitado misto nos anos 80, uma experiência pastoral “atrevida”, que a Mãe-Igreja (que sempre amou e respeitou) veio a reconhecer como válida uns anos mais tarde. Foi com ele que tanto aprendi! Para o Sr. Prior, e para todos aqueles acólitos que já estão no céu (onde se inclui o meu pai) vai o meu “MUITO OBRIGADA!”, na certeza de que continuam a velar por nós lá do Alto.

Finalmente, para todos aqueles que hoje pertencem a esta associação e partilham comigo o serviço do altar, os tempos de oração, os encontros, as cerimónias paralitúrgicas e este carisma especial, deixo um BEIJO e a nossa ORAÇÃO, que é símbolo daquilo que nos une e que nos faz continuar a acolitar. ÁMEN (Que assim seja!)

Oração dos Acólitos

Senhor Jesus Cristo,
sempre vivo e presente connosco
tornai-me digno de vos servir no altar da Eucaristia
onde se renova o sacrificio da Cruz e
Vos ofereceis por todos os homens!
Vós que quereis ser para cada um
o amigo e sustentáculo no caminho da vida,
concedei-me uma Fé humilde e forte, alegre e generosa
pronta para Vos testemunhar e servir.
E porque me chamaste ao vosso serviço,
permiti que vos procure e vos encontre,
e pelo sacramento do Vosso Corpo e Sangue,
permaneça unido a Vós para sempre,
Ámen!

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