segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Poema de Natal

Veio junto com um belo texto sobre o Natal e os afectos, que um amigo muito querido partilhou com os seus amigos. E apesar de não concordar com o poeta na afirmação "Natal é quando um homem quiser" - porque o Natal é a festa que celebra o nascimento de Jesus Cristo que, simbolicamente*, se assinala a 25 de Dezembro e não numa outra data- e de saber que, na altura (1975), o poema foi escrito com uma certa intenção de dessacralizar o Natal, prefiro vê-lo como um alerta para a ideia de que os valores que o Natal nos recorda, e de que Jesus foi mensageiro, deveriam ser vividos todo o ano e sempre...porque, todo o ano e sempre, há pessoas, há família(s), há amigos e há a necessidade de estarmos atentos aos outros nas suas realidades mais infelizes (solidão, fome, desemprego, desunião, violência doméstica...).  Por isso, porque gostei de o reler, de bem escrito que é; porque infelizmente mantém toda a actualidade nas realidades para as quais nos desperta; e porque, vistas bem as coisas, é de valores evangélicos (outros chamar-lhes-ão valores comunistas) que fala...deixemos de lado qualquer tipo de pruridos e apreciemos o poema!

* Imediatamente após o solstício de Inverno, os romanos celebravam o renascer da luz: os dias começavam novamente a crescer e as noites a diminuir. Quando a data do Natal foi marcada pela Igreja, aproveitou-se a celebração desta festa pagã, e a ideia que lhe estava subjacente -a luz começava a vencer as trevas!-e, respondendo às questões: "Quem é a nossa luz? Quem ilumina a nossa vida?", foi escolhida esta data porque Cristo é, para quem Nele acredita, a "luz do Mundo".  Na verdade não sabemos a data exacta do nascimento de Cristo que, provavelmente, nem aconteceu em Dezembro.

1 comentário:

maria disse...

lindo o teu texto! também gosto do poema. mais uma vez te revelas espectacular no teu sentido de vida e de humanismo.
maria