quarta-feira, 4 de maio de 2022

‘Memórias que contam’ ou o Centenário do Sr. Prior

A minha amiga Marisa lançou-me o repto* no Facebook e já estou em dívida há alguns dias! Os dias não me têm deixado assentar ideias e colocá-las por escrito. 

Talvez porque já escrevi muito sobre a pessoa em causa, como ainda podem ler aqui…mas a verdade é que há sempre tanto por dizer que se torna difícil escolher um só ponto de vista ou uma memória

Na véspera do seu centenário acabei por me decidir por três apontamentos: dois fait-divers e um terceiro mais marcante!

Começo pelos fait-divers:

- “Foi na loja do Mestre André” e “Um dedo, outro dedo…”: serão sempre as músicas
do cancioneiro infantil que associarei ao Sr. Prior. Quantas e quantas vezes o vi interpretar uma ou outra para entreter o público? Quem como eu teve essa oportunidade, sabe do que falo!;

- a Volta a Portugal em Bicicleta: amante do desporto como era, o Sr. Prior não dispensava visualizar esta grande prova do Ciclismo nacional. Ficou-me esta memória desportiva, apenas porque na década de 80 a Volta acontecia em princípios de setembro, e normalmente coincidia com a semana de férias que cheguei a partilhar em família com o Sr. Prior. Claro que também podia falar do seu sportinguismo militante…mas isso fica para outra altura!;

- por último, mas a mais marcante: a minha pertença de 27 anos à Associação de Acólitos de Peniche, 23 dos quais com o Padre Bastos como pároco. Quantas aprendizagens, quantos convívios, quantas cerimónias litúrgicas, quantas festas, quantas palestras, quantos passeios, quantas experiências ??? Muitos e tão ricos de saber, saber fazer, saber estar e saber ser...para mim e para todos os que viveram essa época áurea de um acolitado misto e intergeracional! 

Já agora, para quem não sabe, até nisso o Sr. Prior foi pioneiro já que “…em 1983, numa iniciativa até então inédita no país, e prenunciando pedagógica e inteligentemente o futuro, o acolitado foi aberto à participação feminina (…) o que, aliás para todo o mundo seria aprovado em 1994 por João Paulo II.”

Estas últimas palavras não são minhas, mas podiam ser. São uma citação da obra “Até sempre Padre Bastos!” de Mariano Calado, que reli nos últimos dias e que, acredito, muitos deviam e gostariam de ler. 

Fica a sugestão para que nunca nos falhe a memória e a inspiração para fazer mais e melhor, à imagem de Monsenhor Bastos...a quem ainda estamos a dever muitas palmas!

 

PS - *O repto foi este: Para que a memória não nos falte... vamos partilhar histórias e vivências que tivemos, ou que nos contaram, acerca deste grande Homem de Deus que passou pelas nossas vidas e que deixou em nós marcas tão profundas, sinais da aliança de amor que Deus contraiu com os homens. Mantemos o título desta publicação (MEMÓRIAS QUE CONTAM, 100º ANIVERSÁRIO PADRE BASTOS), contamos a história e nomeamos 4 amigos.

 


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