segunda-feira, 30 de maio de 2016

No sábado há Festival...

Já se afinam instrumentos...já se aquecem as vozes...o próximo sábado, 4 de junho, é dia de Festival Paroquial da Canção. É a 9ª edição deste evento, que junta boa parte dos grupos paroquiais num convívio musical, este ano sob o lema "Misericórdia: o caminho que une Deus e o Homem"
Será às 21h30 no Pavilhão Polivalente

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Fim de semana solidário

O fim de semana que se aproxima está cheio de iniciativas solidárias:

- a começar, e sob o mote "Partilhar sabe bem", mais uma recolha do Banco Alimentar a decorrer nos vários supermercados do país;


 

- no sábado à noite, a VIII Caminhada Mágica, no âmbito da Campanha Pirilampo Mágico. A concentração é na Praça Jacob Rodrigues Pereira, pelas 21h00;

Será no Auditório do Stella Maris, pelas 16h00;

Não sendo solidária com nenhuma causa, é solidária com o nosso bem-estar: uma aula de zumba, com Paula Matinhas, na Praia do Baleal (domingo, 29,  pelas 11h00).


Bom fim de semana para todos!

sexta-feira, 20 de maio de 2016

"Na corda bamba"


"Na corda bamba" é o título do primeiro livro de Noel Leopoldo, professor, natural de Peniche.  Infelizmente não pude estar na apresentação da obra, no passado dia 18,  mas já fui ouvindo e lendo ecos da sessão e deixo-vos, neste início de fim de semana, com um dos  poemas do Noel. 
É longo mas vale a pena  "degustá-lo"...assim mesmo: saboreando as palavras e as imagens que sugerem. 
 Se quiserem, podem sempre fazê-lo no local que o inspirou e dá título ao poema: a  
PAPOA

No limite da escarpa avisto um
corvo-marinho de asas fechadas como um estudante com capa
Não sei se ele me vê ou como me vê
Ignorar-me-á talvez
Serei para ele quando muito um escuro recorte
uma singular fachada longilínea
ao capricho do vento norte
Sentirá o cheiro de algas – aroma salgado que lhe perfuma a livre serenidade
de dias feitos de sol e abrigo e peixe
O céu está sarapintado de nuvens brancas e altas – riscos hirtos ou apenas momentaneamente hirtos até que o vento os desmanche para parte incerta certamente para bem longe dali
Na base do rochedo que lhe serve de púlpito a espuma salina das ondas produz
um som explosivo que vem das entranhas
 
Ele é o comandante do navio de pedra involuntariamente ancorado ao fundo por raízes inquebrantáveis
Aquele é o seu lugar – pertence-lhe por direito não consignado na lei dos homens

Olho-o como quem observa a chuva que oblíqua
cai
no chão de um quintal num qualquer fim de tarde embaciado
Olho-o como se observasse uma estátua grega num museu de arte antiga
que podia ser em Paris ou Londres ou Nova Iorque
Não pago para o ver
Ninguém ao meu lado a vê-lo
Nada que não ele me vê

Podia isto ser ao entardecer

não fora ser pleno dia –
a luz do sol lança-se vertical
como o rochedo que o abriga do vento norte hostil

As asas abrem-se por momentos
numa espécie de ritual de acasalamento – o bico apontado a sul para a praia
onde mulheres se abrem ao sol
como recortes pedregosos de baixo-relevo-Cassiano Branco – meras fachadas – cenários curvilíneos com fundo de mar
e dunas

A seara marinha leva-me para longe dali
O horizonte noroeste prolonga-se
por milhares de quilómetros agrestes
Numa terra de ninguém às vezes entrecortada por barcos tripulados por gente que procura chegar
Eu parto sem partir e por isso não chego 

Tenho as mãos vazias
Tiro-as dos bolsos e cruzo os braços
Não tenho sítio para os descansar
O vento que vergasta os picos das ondas traz-me o sol e fecha-me os olhos
Estou suspenso na alta varanda de pedra e rocha e mar
Nada me toca senão a brisa marinha a erodir-me à passagem
Não consigo passar pelo intervalo do vento – os seus braços frios e húmidos percorrem-me o corpo com mãos que me despem
Percorro a costa com o olhar da infância longínqua
na companhia de um velho familiar
Eu sem falar por certo
Não me lembro de abrir a boca que não fosse para absorver o ar
habitado de algas e sal – ainda sem o pó das caravanas e dos curiosos que precisam de carro para absorver a paisagem –
o carro como preservativo
entre eles e o cenário rochoso em alegre passeio estéril e plastificado
fácil de transportar

Ao longe passam veleiros lentos – caracóis de asa branca abrindo a cortina
do horizonte como fecho éclair


Perfilado de negro no exíguo pedestal de pedra devorada pelo roçar do vento e pelo convívio com o mar
o pássaro comanda o seu próprio destino –
dá corda aos ponteiros do relógio
que é apenas seu
Excalibur por si mesmo desembainhada
a seta negra kamikasa a superfície
da água buscando a permanência
Abro os olhos mas não o vejo já
Terá mergulhado nas águas escorregadias e luminosas sem deixar rasto na superfície marinha –
rapidamente cicatrizada
Impelido pelo instinto de caça talvez
ou apenas pelo prazer de mergulhar
no líquido amniótico do ventre submerso 
Vagueará sob um branco tecto
de vagas em turbilhão espumoso como torpedo de penas coberto com destino traçado por si
rumo a qualquer lugar possivelmente longe dali

Ajuda fadista

A Paróquia de Peniche promove amanhã uma Noite de Fados cuja receita reverte a favor das obras de conservação e iluminação da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda. 
Esta Noite de Fados terá lugar, a partir das 21h30, numa tenda montada no adro lateral da igreja e contará com a presença de vários fadistas da nossa terra. No decorrer do evento será servida uma ceia com caldo verde e chouriço assado (preço por pessoa: 10 ajudas).

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Chamamento da Primavera

Hoje volto a Ruy Belo e à sua poesia e deixo-vos com este "Povoamento" (publicado in "Aquele Grande Rio Eufrates"), em jeito de chamamento da primavera...
A ilustração é de Gonçalo Viana (gosto tanto!) e foi encontrada aqui.



"No teu amor por mim há uma rua que começa

Nem árvores nem casas existiam

antes que tu tivesses palavras

e todo eu fosse um coração para elas

Invento-te e o céu azula-se sobre esta

triste condição de ter de receber

dos choupos onde cantam

os impossíveis pássaros

a nova primavera

Tocam sinos e levantam voo

todos os cuidados

Ó meu amor nem minha mãe

tinha assim um regaço

como este dia tem

E eu chego e sento-me ao lado

da primavera."

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Nª Senhora de Fátima, a Peregrina

13 de maio é -praticamente- sinónimo de Fátima

Assinala-se no próximo ano o Centenário das Aparições e, como é sabido, neste último ano, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou todas as dioceses de Portugal...Peniche não foi exceção. Hoje terminou o seu périplo e, também hoje, foi publicado online um artigo do jornal Expresso sobre Fátima e, concretamente, sobre um dos troços desta viagem pelos caminhos de Portugal. 


O artigo, intitulado "A Peregrina", é extenso mas vale a pena ser lido e -curiosamente- até refere um grupo de crianças de Peniche em visita a Fátima numa viagem de preparação para a 1ª Comunhão, que ocorreu recentemente: 
"(...) A questão, contudo, mantém-se. A única coisa tão fácil como provar que as aparições nunca ocorreram é provar o contrário. Que existiram. A dificuldade de Fátima começa aqui, num qualquer dia da semana. No último sábado, depois de ouvirem a freira explicar-lhes como viviam os irmãos Jacinta e Francisca e a sua prima Lúcia, as crianças que tinham saído de Peniche às nove da manhã (para uma visita de preparação para a Primeira Comunhão) seguiram até à zona de Valinhos (palco da 4º aparição de Nossa Senhora e de duas aparições do Anjo), não muito longe das casas dos pastorinhos, a escassos quilómetros da Cova da Iria. Em hora e meia de visita, cruzaram-se com um grupo de trinta japoneses, com meia centena de peregrinos vindos de Cochim, na Índia, com cerca de 20 espanhóis acabados de chegar de Tenerife, com alemães, ingleses e, claro, com centenas de portugueses a rezar ao longo da Via Sacra. Todos os dias, 365 dias por ano. Todos os anos. Há cem anos. De acordo com o Santuário, passaram por Fátima 6,6 milhões de pessoas em 2015, mais 250 mil do que no ano anterior. Estão todas certas? Estão erradas? Ao final da tarde, quando os miúdos regressam ao Santuário, estão de partida milhares de acólitos vindos de todo o país para a peregrinação anual (...)"

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ferrel ao vivo

No próximo domingo, 15 de maio, com início às 15h00, a Junta de Freguesia de Ferrel e a Equipa de Animação Turística de Ferrel (EATF) promovem uma recreação histórica, intitulada "Ferrel ao vivo". 

O arranque do desfile será na Praia das Cebolas (Baleal), recreando a apanha do limo, e terminará no Largo da Igreja de Ferrel com uma pequena procissão e um arraial. 

Esta atividade contará com a colaboração de Ranchos Folclóricos e Grupos Musicais, mas também de toda a população que se queira associar. O objetivo desta, e de outras ações promovidas pela EATF, é a divulgação da freguesia, relembrando os costumes e tradições de Ferrel, numa perspetiva inovadora. Uma causa nobre que vale a pena apoiar!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Segredos do português


Marco Neves -o autor-, nasceu em Peniche. "Doze segredos da língua portuguesa" -o livro- foi lançado no passado dia 21 de abril. 
No próximo sábado -dia 14- a obra é apresentada por cá. Se são daqueles que gostam de curiosidades e, ainda mais, do idioma que falamos todos os dias, então marquem desde já nas vossas agendas: 14 de maio, às 21h30, no Auditório do Edifício Cultural da CMP...não percam este encontro com as particularidades da nossa língua-mãe, apresentadas em jeito de segredo, mas com muito humor à mistura. Saibam mais aqui e aqui.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Fado ou acordeão?

No próximo domingo, dia 8, à mesma hora - 15h00- quem estiver por Peniche pode escolher entre uma Tarde de Fado e um Concerto de Acordeão:

- na Academia de Música Stella Maris, os alunos da classe de Fado promovem mais uma tertúlia fadista ;

- no Auditório do Edifício Cultural da CMP, atua o Duo Paris-Moscovo, acordeonistas internacionais. Saibam mais aqui
Ambos de entrada livre...a escolha é vossa!

Ele está de volta!

Teve lugar ontem a Sessão de Abertura da Campanha Pirilampo Mágico 2016
Este ano, para além do tradicional Pirilampo, pode ajudar comprando um destes produtos

Um pouco por todo o país as várias Cerci's promoverão ações no âmbito da Campanha e, em Peniche, a primeira é já hoje: a Arruada de Abertura da Campanha Pirilampo Mágico 2016, com partida marcada às 14h30, da Praça Jacob Rodrigues Pereira.

De 16 a 30 de Maio, o Bar do Quebrado acolherá a Exposição: "Os nossos artistas" e no dia 28 de Maio, o encontro está marcado para o Coreto do Jardim Municipal, de onde partirá, às 21horas, a 8ª Caminhada Mágica.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Feira da Saúde

É a 4ª Feira da Saúde de Peniche. Amanhã e sábado - dias 6 e 7- o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Peniche serve de base para que cerca de uma centena de organizações do Concelho desenvolvam atividades - workshops, exposições, rastreios...- no âmbito da saúde e do bem-estar. Este é o programa completo, de que me permito relembrar esta ação, a ter lugar amanhã, às 21h00, no Auditório dos Bombeiros Voluntários de Peniche.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

MIA 2016

Por cá, arranca amanhã o 7º Encontro de Música Improvisada de Atouguia da Baleia - MIA 2016

Livros a Oeste 2016


Arrancou ontem, na Lourinhã, a 5ª edição do Livros a Oeste, este ano subordinado ao tema "Livros sem fronteiras". 

Até sábado, dia 7, muitos são os motivos para dar um saltinho ao município vizinho. Saibam tudo aqui.