Não saberei nunca dizer adeus.
Afinal,
só os mortos sabem morrer.
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser.
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo.
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos.
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca.
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei.
Ainda assim,
escrevo.
E ainda bem que escreve!E que continua a deliciar-nos com contos, romances e poemas, como este "Poema da despedida" que transcrevi acima...chama-se MIA COUTO e acabou de ganhar mais um prémio pela sua escrita :)
1 comentário:
Muito justo, qualquer prémio para poetas será sempre muito justo.
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