quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Acabar de vez com as praxes...

Quem me conhece sabe (até porque já o tenho dito várias vezes publicamente) que, se eu fosse Governo um dia, uma das minhas medidas seria acabar com as claques desportivas (aquelas que servem para tudo, menos para aquilo para o qual, supostamente, existem) e com as praxes académicas. Deixando as claques desportivas por ora de lado, aproveito para clarificar que,pessoalmente, até não tive uma praxe nada traumática mas revolta-me, sinceramente, ver como em nome da "integração" , da "tradição" ou de qualquer outra coisa acabada em "ão" apenas se conseguem momentos de pura humilhação. Não é concerteza por alguém ser chamado de "besta", disfarçado de "burro" ou ser "baptizado" com água podre, omeletes ou tomatadas que se sentirá mais integrado na comunidade académica.
Pois hoje ao ler o editorial da revista Sábado - intitulado "Acabar de vez com as praxes" - e escrito a propósito da decisão do reitor da Universidade de Évora de proibir todas as praxes naquela instituição, não pude deixar de sorrir por mais alguém pensar como eu e o dizer desta forma: (...)Enquanto o Governo não tiver coragem para proibir definitivamente todas as praxes em todas as universidades - envolvam elas violência física, emocional ou verbal, sejam elas com estrume, lama ou bosta de cavalo - , não vai mudar nada (...) As humilhações e as brutalidades disfarçadas de "tradições" ou de "manifestações culturais" são inaceitáveis em qualquer país civilizado.
Temos dito....

PS - Já agora, dêem-se ao trabalho de pesquisar "praxe" nas imagens do Google e percebam melhor o tipo de manifestações culturais que o presidente da Associação de Estudantes da Universidade de Évora continua a defender, à revelia da decisão do Reitor da mesma instituição...

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