É que, para quem gosta, a escrita não é apenas um passatempo...é uma necessidade, uma forma de comunicar (sim) mas, acima de tudo, a maneira de nos alinharmos, de dar sentido aos dias, às coisas que nos vão acontecendo...
Arrisco dizer que também é esse o caso do Duarte, autor das "Crónicas do Desassossego" que dão título ao post de hoje.
O Duarte Baião foi meu colega de Faculdade, em Comunicação, precisamente! Entretanto perdemo-nos de vista, mas o FB acabou por nos conectar de novo. E foi precisamente na sua página de FB que fui lendo, com alguma regularidade, os textos do Duarte...textos inquietos, textos apaixonados, textos desalentados, textos que contavam histórias com alma! Para mim, é precisamente essa a mais-valia do Duarte: saber contar-nos uma história, quase sempre na primeira pessoa, como se de uma conversa se tratasse...como se estivéssemos frente a frente e conseguíssemos ver o brilho dos seus olhos quando algo o entusiasma, o desânimo ou a impotência perante uma situação que o entristece, a alegria e o orgulho nas filhas, o olhar atento que tem sobre os dias, sobre o outro e sobre si...
Não era por isso de estranhar que eu, e muitos outros que o líamos, insistíssemos para que um dia publicasse um livro. Esse dia chegou no passado sábado, 5 de junho! E hoje foi a vez do livro chegar às minhas mãos. Ainda não o li, só o folheei, mas estou certa que estas "Crónicas do Desassossego" me vão fazer boa companhia...
Parabéns ao Duarte por este sonho alcançado, pela forma como escreve e, já agora, pelo título escolhido...gosto muito!
Registo ainda o meu apreço pela capa..."o menos é mais" e esta simplicidade resulta num objeto bonito, que dá gosto fruir!
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