Congresso Rede Cultura 2027

No fim de semana passado -sexta e sábado, concretamente- teve lugar o encerramento do Congresso REDE CULTURA 2027 subordinado ao tema "O Futuro da nossa Cidade".

Sob pena de escrever um texto demasiado longo, vou apenas deixar aqui algumas frases ou palavras que me marcaram nesses dias. Se ficarem curiosos -ou quiserem aprofundar algum dos temas- podem sempre (re)ver todas as intervenções na página FB da REDE CULTURA 2017.

"É a cultura que nos engrandece...é a cultura que nos agiganta..." (Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial)  
 

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"Caminhar ao encontro das cidades futuras será sempre caminhar ao encontro das pessoas e tendo em conta as pessoas..." (Tolentino Mendonça, Cardeal, Bibliotecário e Arquivista da Santa Sé, Teólogo e Poeta)

"Temos 5 grandes desafios: Redescobrir o Bem-comum; Redescobrir a Comunidade; Redescobrir a Sustentabilidade Cultural e a Sustentabilidade Ecológica; Redescobrir a Amizade social e a Fraternidade." (Tolentino Mendonça, Cardeal, Bibliotecário e Arquivista da Santa Sé, Teólogo e Poeta)  

"A cultura é o grande observatório do humano e é também o GPS para navegar no emaranhado presente e a primeira antena para o futuro."  (Tolentino Mendonça, Cardeal, Bibliotecário e Arquivista da Santa Sé, Teólogo e Poeta)

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"Há uma coisa em comum nestas pessoas tão diferentes entre elas (crianças, idosos, reclusos...) que é o brilho nos olhos com que eles ficam quando recebem um instrumento, ou quando têm um pincel nas mãos...este impulso de criarem, este impulso de se exprimirem parece que é urgente, parece que lhes sai das entranhas...na verdade toda a arte surge da necessidade de mandar cá para fora. A parte da fruição artística já é uma consequência disso. Nenhuma arte é feita apenas para ser apreciada. Em primeira mão é feita porque alguém teve necessidade de se exprimir."  (Telmo Soares, elemento mais novo do Grupo Gerações) 

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"A Cultura precisa de um tempo longo...para consolidar dinâmicas, para envolver pessoas, para criar resultados..." (Paulo Pires , Programador Cultural de Loulé)

"...a atenção à pequena escala, um bocadinho em contraponto àquela visão quantitativa e um bocadinho obsessiva, mesmo que nem sempre confessada, da estatística, da casa cheia e das multidões...há uma série de projetos em Portugal que gritam baixinho..." (Paulo Pires , Programador Cultural de Loulé)

"Tem que haver uma escuta ativa do território...e isto tudo é um processo que é participado, que é colaborativo...Qualquer pessoa que trabalha com o território tem que olhar à volta, não só tem que olhar para o tempo pretérito, o que é que já foi feito, o que é que se está fazer, o que é que se pode vir  fazer...ouvirmos também a criatividade do silêncio..."(Paulo Pires , Programador Cultural de Loulé)

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Muitas outras vozes e ideias ficaram a ecoar cá dentro, mas o texto já vai muito longo. Vou terminá-lo com algumas palavras chave que são recorrentes (e foram-no neste Congresso também) quando se fala de CULTURA: 

IDENTIDADE * SABER * VIDA * AUTENTICIDADE* MEMÓRIA * COMUNIDADE * PESSOAS * PASSADO * FUTURO * ARTE * PARTICIPAÇÃO *  TRADIÇÃO * VALORES * ESTABILIDADE * CRESCIMENTO * RESPEITO * CONHECIMENTO * INCLUSÃO * CIDADANIA * EDUCAÇÃO * ACEITAÇÃO DA DIFERENÇA * EXPERIÊNCIA * PATRIMÓNIO * EXPRESSÃO * FRUIÇÃO * CRIATIVIDADE * TEMPO * BELEZA * COLABORAÇÃO * SUSTENTABILIDADE

Há músicas (muito) boas de ouvir! CLI

"Can't help falling in love" é uma daquelas  músicas sempre boas de ouvir. Originalmente cantada por Elvis Presley, em 1961, é uma versão da composição "Plaisir d'Amour", do músico setecentista Jean-Paul-Martini.

Hoje deixo-vos esta versão bastante intimista e feminina...a da canadiana Alyssa Baker.

Há músicas (muito) boas de ouvir! CL

Há dias falei-vos do musical Jesus Christ Superstar. Para quem não conhece e quer ficar com uma ideia, deixo hoje este medley a cargo de Michael Ball e companhia. Quem já conhece e gosta, pode sempre relembrar...

IMPROVISOS...o Concerto!

Tinha falado do CD aqui. Ontem foi o seu Concerto de apresentação no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha (CCC) ...e foi muito bom!

A juntar à qualidade musical das peças originais e à jovialidade e virtuosismo dos músicos em palco (4 violinos, 1 viola, 1 violoncelo, percussão, voz e o Gerardo ao piano) destaque, sobretudo, para o ambiente familiar e genuíno que todos os presentes sentiram.  Foi como se estivéssemos na sala de estar do Gerardo, a partilhar os seus estados de alma, mas com a grandiosidade e a qualidade técnica que proporciona uma sala como o Grande Auditório do CCC.   

Foi tranquilo e intenso -ao mesmo tempo- porque, acima de tudo, sentiu-se a VERDADE que emana de todas as composições...e ainda que possa haver alguma inquietação, aqui e ali, o que nos fica é uma grande SERENIDADE! 

Além disso, foi bom sentir que, no meio destes tempos estranhos que vivemos, há oásis...há coisas bonitas a acontecer...chegou a ser enternecedor: porque houve amizade, houve gratidão, houve alegria, houve memória, houve tranquilidade. É a vida feita ARTE...que transforma outras vidas, nem que seja por momentos! 

Destaque para dois momentos extra-alinhamento: a peça "Estrelinha" (que fez memória da cunhada Lena, recentemente falecida, e de todos aqueles que são as nossas "estrelinhas") 

...e a poderosa "À deriva" (tão a propósito)!

A certa altura do Concerto, o Gerardo disse que alguma coisa de bom deve ter feito na vida para ter sido merecedor do momento que estava a viver! Sobre isso, não tenho dúvidas que, todos aqueles que marcaram presença naquele auditório ontem, lhe reconhecem o valor artístico e humano e a dedicação às causas a que se entrega. E que assim continue a ser é o que todos desejamos...

Para o Gerardo e para todos os que com ele partilharam o palco e os bastidores deste Concerto, os meus parabéns! Para todos os presentes foi com certeza uma hora e meia muito feliz!

Fotos: João Rosado

Há músicas (muito) boas de ouvir! CXLIX

Esta anda em loop na minha cabeça...há músicas assim: que se acomodam durante umas horas ou uns dias no nosso inconsciente. Esta, em particular, veio à boleia desta outra...

Ambas são do musical Jesus Christ Superstar, de Andrew Lloyd Weber e Tim Rice, um original de 1970, que entretanto já teve várias adaptações teatrais e cinematográficas.  Para além do filme original (1973), vi ao vivo a adaptação feita por Filipe La Féria no Politeama (2007) e, mais recentemente,  Jesus Christ Superstar Live in Concert              (produção de 2018, em que John Legend interpreta Jesus Cristo)!

Confesso que esta ópera rock me enche as medidas...conheço-lhe o alinhamento e boa parte das músicas e letras. Hoje deixo-vos com o tema Could we start again, please?, interpretado pelas personagens de Maria Madalena e Judas Iscariotes, quando tudo parece estar a desmoronar-se na sua visão e relação com Jesus Cristo e a vontade de começar de novo (ainda) é o sentimento  predominante perante a desilusão sentida face ao caminho que as coisas parecem levar...

Exposição fotográfica e livro novo...

Face às novas contingências covidianas já não haverá inauguração oficial, mas a exposição mantém-se: de 17 de outubro a 10 de janeiro estará patente no Museu da Renda de Bilros de Peniche a exposição fotográfica BOMBORDO PE.                                                                          

As fotografias, da autoria de Nicolas Lemonnier, foram tiradas durante este verão, no âmbito da parceria entre o fotógrafo e a chef  Patrícia Borges, para a obra "Gastronomia de Bordo – Peniche" que, brevemente, será lançada. 

Esta obra é um dos frutos do projeto Intermunicipal Territórios com História e nela poderemos encontrar as nossas receitas mais emblemáticas, de bordo e de mar,  bem como uma contextualização sobre as artes de pesca e as espécies capturadas na nossa costa. Tudo isto a par da belíssima reportagem fotográfica de Nicolas Lemonnier e de alguns excertos poéticos em que o mar e os pescadores foram motivo de inspiração. 

Uma exposição fotográfica e um livro que são uma homenagem a Peniche, ao Mar e a quem nele trabalha...este mar omnipresente nos nossos dias, na nossa gastronomia, nas memórias e nas tradições.

Há músicas (muito) boas de ouvir! CXLVII

Os manos Sobral - Salvador e Luísa - têm ambos um estilo muito peculiar de interpretar as suas canções. Há quem ame, há quem odeie...mas a verdade é que são dois nomes incontornáveis do atual panorama musical português. 

Na minha escolha de hoje, cantam juntos "Só um beijo", uma composição belíssima da mana mais velha, incluída no seu álbum "Rosa" (2018). 

 

Celebrar a música...

E chegados a outubro, celebra-se neste primeiro dia do mês o Dia Mundial da Música, aquela que considero ser a linguagem mais universal e maravilhosa de todas. 

É praticamente impossível escolhermos uma música da nossa vida, tantas são as canções que, ao longo deste caminho, nos falam ao corpo e à alma. E eu tenho uma dificuldade acrescida, por ser bastante eclética em termos de gostos musicais... 

De qualquer forma, para assinalar a efeméride, hoje escolhi esta moda que anda aqui por dentro desde o passado domingo :  "As mondadeiras", da autoria de Chico e Zeca Serrão, naturais de Serpa.

Hoje trago-vos a interpretação de Ricardo Ribeiro - um artista que muito admiro-  acompanhado ao piano por João Paulo Esteves da Silva. 

Deliciem-se com a beleza e a simplicidade desta música tão nossa...