Há já 15 dias que estou em isolamento social (salvo as duas ou três saídas que foram necessária,s mas tão rápidas e asséticas quanto possível)...
E de hoje a 15 dias será Domingo de Páscoa!
E neste domingo, Dia do Senhor, dei por mim a pensar que se (pessoalmente) já estava a ter uma Quaresma atípica, no meio da estranheza destes dias a coisa não melhorou.
Tem-me faltado (por incrível que possa parecer) esse tempo de paragem, de oração...não necessariamente uma oração ritual..mas aquele tempo em que verdadeiramente desligo da azáfama do dia a dia... para me ligar a algo maior.
Por isso, até Domingo de Páscoa vou partilhar convosco pequenos trechos de um destes dois livros que me vão ajudar a mim (e a quem mais queira) a rezar nesta quinzena que antecede a festa maior da PÁSCOA:
Um Deus que dança do Cardeal José Tolentino Mendonça
e Rezar a vida do sacerdote jesuíta Paulo Duarte.
*
Hoje, deixo trechos da Introdução de Um Deus que dança:
"Nietzshe deixou escrito que só acreditaria num Deus que dance. Humildemente apetece-me ajuntar: eu também. De facto, aquilo que parece ser apenas um severo emblema de negação, pode tornar-se em fórmula para segredar a crença.
Acredito num Deus que dança: isto é, num Deus que não se isenta do devir, nem permanece neutral às nossas histórias. Acredito num Deus imiscuído, engajado, detectável até pelo impreciso radar dos sentidos, susceptível de ser invocado pelos motores de busca das nossas persistentes interrogações ou do nosso silêncio (...)
A oração não se constrói de palavras, mas de relação. Não são as palavras o mais importante, mas a celebração de um encontro (...) Vital na oração é mesmo a experiência do encontro. As palavras são apenas o assobio que anuncia os passos do viandante que chega ou que parte..."
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