Passaram ontem 79 anos sobre a morte de Fernando Pessoa. Um ano antes, a 1 de dezembro de 1934, o poeta lançou "Mensagem", o único livro de poemas que publicou em vida.
Oitenta anos depois, aqui fica um dos mais famosos poemas desta obra ("O Infante"), como tributo a Pessoa e a Portugal, que hoje assinala 374 anos sobre a Restauração da sua Independência (que, mesmo sem o feriado, há efemérides que não devem ser esquecidas)...
Oitenta anos depois, aqui fica um dos mais famosos poemas desta obra ("O Infante"), como tributo a Pessoa e a Portugal, que hoje assinala 374 anos sobre a Restauração da sua Independência (que, mesmo sem o feriado, há efemérides que não devem ser esquecidas)...
O Infante
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
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