Bem sei que ontem é que foi o Dia do Pai! Mas também, verdade seja dita, todos os dias são dias do pai, da mãe e de sermos filhos de alguém...
O meu pai não está fisicamente comigo já lá vão 35 anos. Foi num dia 20 (como hoje), do mês de fevereiro, que um acidente o levou da nossa presença...
No pormenor da fotografia que hoje ilustra este post, tirada em março de 1975 (não sei se no seu 1º dia do pai), dá para ver que -aos seis meses- eu era uma menina do papá, com grandes bochechas, e que foi dele que herdei a fisionomia (entre outras coisas, de que as fotografias não dão conta).
Nos dias do pai -e noutros também- acabo por dar comigo a pensar como seria se ainda o tivesse aqui, ou como teria sido em tantos momentos ao longo da minha vida, da qual ele só pôde acompanhar 4 anos e meio. Não tenho memória viva dele mas, felizmente, a sua memória foi-me sendo avivada por outros, no decorrer dos anos. Sei que somos fisicamente parecidos e que outros prazeres e hábitos partilharíamos por certo, se a vida nos tivesse deixado...o gosto pelo registo das coisas é um deles (e a esse gosto devo o facto de ter um álbum de infância com as datas e aquelas coisas que importa recordar, como as primeiras palavras ou o dia em que comemos a 1ª papa).
À falta de um pai (que, na verdade, nunca é totalmente compensada) tenho uma mãe que fez de mãe e pai, uma Ti Bi e um Tio André (grande suporte até ao fim dos seus dias) e uma família alargada (paterna e materna) amiga e sempre presente. Neste "dia a seguir ao dia do pai" é a todos eles que agradeço -em meu nome e (acho que posso fazê-lo) em nome do meu pai, que lá onde está, de alguma forma, também deve estar agradecido...porque foi, concerteza, acompanhando o que por cá se foi passando, nestes 35 anos ;)