Faz hoje uma semana que António Alçada Baptista deixou este mundo...Não quis que esse facto passasse em branco neste blogue pois era um dos escritores portugueses que mais apreciava e que - a par de Miguel Torga e Vergílio Ferreira - começou a fazer parte das minhas leituras de eleição na adolescência e juventude.
A certa altura da sua vida declarou: "A minha obra escrita vende-se muito por uma razão simples, porque eu sou talvez o primeiro escritor que não teve vergonha dos afectos."
... e livros como Os Nós e os Laços, Catarina ou a Sabor da Maçã e O Riso de Deus são, concerteza, exemplo disso.
Do que sobre ele se disse esta semana seleccionei do texto de Mário Soares, in DN, as seguintes palavras: "Portugal perdeu um grande escritor, que poderia ter deixado uma obra muito maior, tanto no plano da ficção como no do ensaísmo ou como memorialista. Era um contador de histórias e um conversador admirável. Um homem bom, solidário, generoso, para quem os afectos contavam enormemente. Uma personalidade com claridades e sombras, seguramente, mas que merece ser estudada com objectividade e que prestou altos serviços a Portugal e à Igreja e foi um Amigo que deixou um lugar inesquecível entre os seus amigos."
Para quê mais palavras?...talvez, apenas: Obrigada, Alçada!
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