domingo, 14 de dezembro de 2008

Alçada

Faz hoje uma semana que António Alçada Baptista deixou este mundo...Não quis que esse facto passasse em branco neste blogue pois era um dos escritores portugueses que mais apreciava e que - a par de Miguel Torga e Vergílio Ferreira - começou a fazer parte das minhas leituras de eleição na adolescência e juventude.

A certa altura da sua vida declarou: "A minha obra escrita vende-se muito por uma razão simples, porque eu sou talvez o primeiro escritor que não teve vergonha dos afectos."

... e livros como Os Nós e os Laços, Catarina ou a Sabor da Maçã e O Riso de Deus são, concerteza, exemplo disso.

Do que sobre ele se disse esta semana seleccionei do texto de Mário Soares, in DN, as seguintes palavras: "Portugal perdeu um grande escritor, que poderia ter deixado uma obra muito maior, tanto no plano da ficção como no do ensaísmo ou como memorialista. Era um contador de histórias e um conversador admirável. Um homem bom, solidário, generoso, para quem os afectos contavam enormemente. Uma personalidade com claridades e sombras, seguramente, mas que merece ser estudada com objectividade e que prestou altos serviços a Portugal e à Igreja e foi um Amigo que deixou um lugar inesquecível entre os seus amigos."
Para quê mais palavras?...talvez, apenas: Obrigada, Alçada!

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