Sabendo que tinha a possibilidade de lho oferecer (como fiz), decidi escrever um texto tendo como base os títulos das 20 canções do álbum 2 de abril, o segundo álbum da intérprete. Chamei-lhe DIVAGAÇÃO PUERIL EM TORNO DO 2 DE ABRIL...e partilho-o hoje aqui no blog, juntamente com o vídeo que a artista publicou nas suas redes sociais sobre este dia...uma data memorável para Peniche e para quem teve o prazer de a ouvir.
(…porque o simples é quase sempre o mais
bonito…)
2 de Abril é data de relevância nacional e nome do bairro social onde cresceu A Garota não, que a escolheu para nomear o seu segundo álbum...o disco que começa com uma canção sem final, seguida de um dilúvio que nos lembra que a vida fica difícil e que o tempo passa tipo míssil!
Haja química, quem tenha o dom de rir e nos
faça bem com o amor que nos dá!
Haja, também, quem não se acomode e lute pelos seus direitos…tal como o Ai Weiwei.
Quer moremos no prédio mais alto ou em casa térrea, que nunca nos falte manancial de livre pensamento e que em cada coração se esconda uma revolução por florir…
É que há dias
em que a grande máquina nos deixa angustiados, inquietos,
raivosos, cansados, sós… sem saber o que
é que fica no meio de tantos
desencontros.
Há que
ser em cada dia o melhor que der e ir sem medo, como quem tem tudo a dar.
Se
cairmos, há que levantar…com ou sem manual
de instruções! Ser como o gato na sede
do Xega, que rola e rebola, fazendo jus às suas sete vidas!
Urgentemente, é preciso não esquecer que o amor é urgente e é bom! E que nunca devemos guardar as palavras boas, que são tão boas de usar. Afinal, para quê guardar? A vida é hoje!
Multipliquemos
os beijos, descubramos manhãs claras, inventemos alegria!
E como é
intenso o poder de magnetização de
tudo isto!!! Tal qual casa de mãe,
que é coisa boa!
Coisa má é mulher batida!
E que
mulher é essa? É aquela que sofre e morre fruto do ciúme amargo e louco…quanto
talento é gasto em vão, como se nunca bastasse, como se houvesse perfeição!
É tempo de perguntar como será se voltarmos a renascer! Haverá lugar para a velha, a torta, a negra, a gorda? Será que a guerra pode um dia acabar? Deixaremos de ouvir que no Mediterrâneo há corpos a boiar?
Bem sei que as palavras ferem, dói-nos pensar…mas não há como calar!
Há quem
não tenha assunto…pois a mim nunca me faltam, ou não fossem “as conversas como
as cerejas!”
E entre duas cervejas e uma canção a José Mário Branco, o caminho pode ser longo! Importa que nunca esqueçamos que o nosso chão são sonhos e vontade!
E que nunca deixemos que nos tirem a nossa querida LIBERDADE!