Dias de Festa

E assim chegamos ao final de julho e aos primeiros dias de agosto, que costumam ser de festa na minha terra! 

Este ano, para não variar, também isso será diferente! Não teremos a festa nos moldes tradicionais mas teremos três momentos de Homenagem a Nossa Senhora da Boa Viagem:

- no sábado à noite, dia 1,uma Procissão em circuito automóvel, à hora a que deveria decorrer a Procissão do Mar, que percorrerá a cidade de Peniche e culminará com o fogo de artifício lançado de 4 pontos distintos;

- no domingo, Missa Mareal, às 11h00, no Porto de Pesca ;

- às 21h30, uma Serenata Fadista a Nossa Senhora da Boa Viagem, junto ao seu monumento...a que, infelizmente, só poderemos assistir online.
Podemos ir acompanhando os diversos momentos e estando a par dos acontecimentos 
na página da Organização da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem ou na página da 
Paróquia de Peniche.

Ainda assim, façamos a Festa possível  e a homenagem devida aos nossos homens do mar
e à sua Mãe protetora.  

Nossa Senhora da Boa Viagem, rogai por nós...

e por todos os trabalhadores de terra,mar e ar!

Improvisos

Foi no passado dia 11 de julho que o Gerardo deu a conhecer ao mundo o seu CD Improvisos, num concerto que podem ver e ouvir aqui.

Com 35 anos de experiência musical,  este tempo de pandemia revelou-se a altura certa para produzir e editar este 1º CD de originais...E este é mais um dos bons frutos nascido deste período sui generis da nossa história. 

Hoje escolhi a faixa nº 5 - "Matilde" - das 12 que o álbum apresenta, por ter sido  a que mais gostei à primeira audição. A verdade é que, desde que tenho o CD,quanto mais ouço mais gosto...de todas!

 

 

A perdição de D. Sancho II

Ando há uns dias - para não dizer há umas semanas- para escrever este texto.  É sobre um dos últimos livros que li, um romance histórico intitulado  
A perdição de D. Sancho II, 
de Paulo Pimentel:  
"a história do rei que Portugal não quis. Venceu batalhas, e conquistou territórios. Acabou só e longe do reino que ajudou a crescer. "                                         

Bastaria esta sinopse para me animar a ler,

eu que gosto de história e deste género literário!   

A capa, seria também ela um chamariz...está bem conseguida...atrativa q.b. com uma mulher misteriosa, que adivinhamos bela, em fundo...o que antevê uma história de amor algures na trama.  

Com estes ingredientes a aguçar a curiosidade não é difícil deixarmo-nos ir até aos primórdios da nacionalidade...mas, assim que pegamos no livro, ficamos verdadeiramente conquistados é pela qualidade da escrita.  

                   Que gosto dá ler um romance tão bem escrito, (diria até) poeticamente escrito, cheio de sensibilidade e brio na escolha das palavras e na construção do enredo. 

Como se não bastasse, é através desta escrita cuidada que nos chega todo um mundo diferente daquele que conhecemos (estamos a falar de uma história passada na primeira metade do século XIII), apresentado em descrições que ora nos doem e nos repelem, ora nos enternecem e deliciam...Estamos em plena Idade Média, com toda a dureza desses tempos a impor-se, mas também com todas aquelas realidades intemporais a tecer a trama: o amor (nas suas variadas manifestações), a intriga, a traição, a guerra, a doença, a fome, a inclemência e a generosidade da natureza, a ambição, o poder, o lado oculto/místico, a tristeza e a alegria, o nascimento e a morte... a vida tal como ela é! 



Depois há a história de D. Sancho II, propriamente dita, os factos e as ficções...porque há neste livro um lado assumidamente ficcionado, sem que isso retire interesse ao romance: apimenta-o, dá-lhe cor...
e acicata a nossa curiosidade pela verdade histórica!

 Já perceberam que aconselho vivamente a leitura deste livro.  

Resta-me acrescentar que tenho o privilégio de conhecer o seu autor e que esse foi o primeiro motivo para ler esta obra. O Paulo é meu colega nas Bibliotecas do Oeste e conheço-o há tempo suficiente para saber que é uma alma sensível, conhecedor e estudioso da nossa história, amante das palavras e das pessoas, com as suas "estórias" e particularidades. 

E isso dava-me a garantia que dali só podia vir coisa boa...o que veio a confirmar-se! 

Vá...vão lá d'asinha ler o livro :) 

 (private joke para quem já o leu!)

PARABÉNS AMÁLIA!

Não sabendo ao certo o dia em que tinha nascido dizia-se "do tempo das cerejas", até ao dia em que foi descoberta uma certidão que a dava como tendo vindo ao mundo a 

23 de julho de 1920. 

Cem anos depois aqui estamos nós a celebrá-la, por tudo aquilo que foi para o fado e para Portugal. E quanto mais leio sobre ela mais a admiro... 

Por isso, hoje deixo-vos algumas propostas de leitura sobre a vida e obra de AMÁLIA  

(à exceção de O fado da tua voz estão todos disponíveis na Biblioteca Municipal de Peniche):

- Amália, uma biografia de Vítor Pavão Santos (Contexto,1987); 

- Versos, de Amália Rodrigues (Cotovia,1997);

-  O fado da tua voz - Amália e os Poetas, de Vítor Pavão Santos (Bertrand,2014);

- Amália, já sei quem és, de Carminho (Nuvem de Letras,2020);

- Amália Ditadura e Revolução- A história secreta, de Miguel Carvalho (Dom Quixote, 2020).

*

Para quem gosta de fado e de Amália deixo ainda três sugestões televisivas 

(todas na RTP1, passe a publicidade):

- Em Casa d´Amália: um programa inspirado nas célebres noites em que Amália Rodrigues recebia, em sua casa, artistas vários, para tertúlias que entravam pela noite dentro. Os episódios estão a ser retransmitidos na RTP1 e estão todos disponíveis aqui. Aconselho vivamente a quem gosta de Amália, de música, de fado ou simplesmente de uma boa tertúlia;

- HOJE às 21h00: Eu, Amália ;

e logo a seguir, às 22h00, o espetáculo Bem vinda sejas Amália!,

transmitido em direto da 
Herdade Amália no Brejão. 

*

Para terminar deixo-vos este Barco Negro. Não é, provavelmente, o seu melhor fado... mas é o que me ocorre sempre quando penso em Amália (adoro toda a sonoridade, o ambiente, a alma na voz)! 
Além disso, foi com este fado (segundo as palavras da própria) que se lhe abriram as portas de França e, consequentemente, da fantástica carreira internacional que teve!

Há músicas (muito) boas de ouvir! CXXXVI

A de hoje tem a marca "Pedro Abrunhosa" e foi criada em plena Pandemia (são inequívocas as referências)...haja registos bonitos nascidos neste tempo estranho (qualquer dia volto a este assunto)!  Por agora deixo-vos com esta Tempestade (salvo seja!) onde se destaca, para além do poema e da melodia, o contributo vocal de Carolina Deslandes, que faz desta música uma delícia para os sentidos...

A poesia do Rui na minha voz (e não só)!

O Rui foi meu colega de Faculdade na década de 90. Depois estivemos 20 anos sem contacto mas, o Facebook tem destas coisas boas e, há 3, lá nos reencontrámos na rede. 

Entretanto, 2020 trouxe-nos uma pandemia...mais tempo online e palavra puxa palavra...o Rui, que escreve poesia..eu, que adoro poesia e gosto de a dizer...e eis que o desafio surgiu naturalmente: poder dar voz a alguns poemas do Rui. 

O primeiro, curiosamente, chamava-se Reencontro e faz precisamente hoje três meses que o gravei ...apercebi-me agora! Não há mesmo coincidências. Era Dia Mundial da Voz e apeteceu-me dar voz a algo...e escolhi um poema do Rui! 

 (Aqui um parêntesis para dizer que a poesia do Rui não é fácil, não rima, não é linear...nem toda me toca da mesma forma -como acontece aliás com todos os  autores-...mas há alguns poemas que gosto muito: têm a ironia, o amor, a paixão, a saudade, o sonho...contam uma história...e têm neles a força das palavras que, às vezes, 

só é possível na poesia!)

Nesse 16 de abril à noite, já o Rui tinha editado o poema em vídeo e, desde então, já lá vão mais uma meia dúzia de colaborações, a última das quais saiu à cena ontem...

fiquem com Amar!

Se gostaram deste, podem conhecer muitos outros poemas do Rui, 

ditos por mim e por outras vozes, aqui.

24ª Feira do Livro da AJP

Porque há coisas que felizmente não mudam, chegados a meados de julho ela aí está: a 24ª Feira do Livro, promovida pela Associação Juvenil de Peniche. 

Claro que este ano com algumas regras e sem programa paralelo :(

Para o ano, as "bodas de prata" hão-de compensar :)

Até dia 23 de agosto, das 16h00 às 23h00, no Clube Recreativo Penichense
 ...não deixem de visitar!

Vinicius na voz de Roberto

Faz hoje 40 anos morria Vinicius de Moraes, "poeta, letrista, crítico, dramaturgo, roteirista, diplomata, pai, marido, amigo e visionário..."

A morte levava-o ao fim de 67 anos de uma vida intensa, polémica e prolífica...imortalizada em tantos textos lindos, muitos deles cantados pelos grandes do Brasil. 

Para assinalar a data deixo-vos com o "Rei", cantando "Eu sei que vou te amar" e dizendo de permeio o "Soneto da Fidelidade", dois poemas incontornáveis do "poetinha"...

5 minutos de esperança com...

A 18 de março era decretado o Estado de Emergência em Portugal e, no dia seguinte, o Município de Peniche dava início à rubrica 5 MINUTOS DE ESPERANÇA COM... 

Foram 107 momentos muito diversificados que, na sua essência, foram mensagens de esperança...mas também oportunidades de partilha, alerta, aprendizagem, cultura, conhecimento!

Como munícipe, agradeço a todos quantos, convocados, não quiseram deixar de contribuir com os seus "5 minutos"...e porque há sempre aspetos positivos, mesmo nos piores momentos, não tenho dúvidas que estes "5 minutos" foram uma das coisas boas deste período!

A pandemia continua (é certo!) mas a esperança será, sempre, a última a morrer!

Para quem não teve oportunidade de ver -ou para quem gostaria de rever- aqui fica

a playlist dos 107 vídeos. 

As nossas Maravilhas da Cultura Popular...

Como já é do conhecimento público, este ano vamos eleger as 7 Maravilhas da Cultura Popular  

de Portugal. 

E Peniche está entre os Finalistas Regionais do concurso já que, no âmbito do Distrito de Leiria, foi duplamente selecionado:

-  na categoria Procissões e Romarias com a PROCISSÃO MARÍTIMA NOTURNA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM;

- e na categoria Artesanato, com a RENDA DE BILROS DE PENICHE.

As votações já começaram  e por isso já pode votar nas nossas maravilhas, marcando os seguintes números:

 

760 207 776 - para VOTAR na Procissão Marítima Noturna em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem;

760 207 777 - para VOTAR na Renda de Bilros de Peniche. 

1 de julho

Cá estamos nós, a meio deste estranho 2020!

E no início desta segunda metade - que confesso ser a minha preferida- espero sinceramente que este segundo semestre traga com ele energias renovadas!

Curiosamente, este 1º de julho é o Dia Mundial das Bibliotecas, data que (obviamente) me diz muito por trabalhar numa, mas é também o 

Dia Internacional do Reggae...essa música descontraída e bem disposta nascida na Jamaica. 

Assim, é com um dos meus reggaes preferidos que hoje brindo aos 183 dias que ainda nos faltam viver em 2020...e como prefiro tinto a branco, siga com este Red Red Wine ;)