Publico nesta Quinta-feira Santa as últimas imagens de evolução da figueira nesta primavera. Prometo, no início do verão, retomar a recolha e partilha do seu desenvolvimento, numa nova estação do ano, já com a copa bem densa e os frutos em franco crescimento...
A escolha da data é simbólica, porque faz parte do senso comum que na Quinta-Feira que antecedeu a sua morte, Jesus foi entregue por Judas que -por sua vez- se terá arrependido da traição e posto fim à vida, enforcando-se precisamente numa figueira!
Ora, se fizermos uma pesquisa bíblica, vemos que tudo isso vem nos relatos evangélicos que dão conta dos últimos dias de Jesus, inclusivé o facto de Judas se ter enforcado, não havendo no entanto qualquer referência à árvore escolhida para o efeito!
A mesma pesquisa bíblica leva-nos, no entanto, ao episódio da "figueira estéril" (relatado no capítulo 11 do Evangelho de S. Marcos e no capítulo 21 do Evangelho de S. Mateus), que terá ocorrido uns dias antes, logo após a entrada triunfal em Jerusalém que recordámos no passado Domingo - o "de Ramos"- e que deu início à Semana Santa que vivemos.
Ou seja, de uma forma ou de outra, e sendo uma árvore relativamente comum na Palestina, a figueira faz parte (a par da oliveira e da videira) do imaginário que temos acerca das vivências de Jesus e dos seus discípulos, bem como de alguns dos seus ensinamentos, como por exemplo no capítulo 21 de S. Lucas, com o "sinal da figueira" .
Ainda em S. Lucas, mas no capítulo 13, temos a "Parábola da figueira estéril", a quem é dada uma nova oportunidade para que dê frutos. Também nós, em cada Páscoa - e particularmente neste Tríduo Pascal- somos convidados a recordar a vida, morte e ressureição de Jesus e a Vida Nova que Nele todos temos possibilidade de viver, dando muitos frutos...não percamos esta ocasião favorável!
Sem comentários:
Enviar um comentário