segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Há músicas (muito) boas de ouvir! CLXIV

Já tenho escrito por aqui sobre o quanto aprecio as parcerias que se estabelecem entre os músicos da nossa praça, seja ao nível da interpretação, seja na partilha de letras ou melodias...é bonito de ver e ouvir, e resulta, normalmente, em mais valias para todos. É o caso deste "Onde vais", tema recente do repertório de Bárbara Bandeira, interpretado a meias com Carminho.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Há músicas (muito) boas de ouvir! CLXIII

Esta foi uma das tocadas no concerto do passado sábado, de que vos falei na publicação anterior. Pertence ao alinhamento do álbum "Voz e Violão" e tem letra de João Monge e música de António Zambujo. Segundo o próprio, é pretensão de ambos "fazer em breve um disco, todo com músicas minhas e letras dele, sempre no papel de uma mulher, a falar de coisas que continuam a acontecer hoje em dia, com a malta a assobiar para o lado. O assédio sexual no trabalho, a violência doméstica, a escravidão da imagem..."

E é precisamente sobre esta última questão que nos fala a música que hoje partilho.

 Chama-se "Sinais"!

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Zambujo, voz e violão...

Hoje escrevo para vos falar daquele concerto que já julgava perdido (por ter a lotação esgotada quando quis comprar bilhete) mas que, com o aliviar das restrições COVID a 1 de outubro, tive a oportunidade de viver: ANTÓNIO ZAMBUJO, VOZ E VIOLÃO! 

E foi tão bom que não posso deixar de lhe dedicar por aqui umas palavrinhas!

Antes de mais, dizer que, apesar de ser fã e seguir atentamente o seu percurso artístico, nunca tinha visto António Zambujo ao vivo a solo (apenas com Miguel Araújo, numa das míticas 28 noites dos Coliseus) e, como é óbvio, o artista não desiludiu...apesar de estar mesmo sozinho em palco, contando apenas com a sua VOZ e com o seu VIOLÃO! E aqui um aparte para constatar que a voz de Zambujo é por si só um instrumento que vale por muitos, com as suas várias cambiantes melódicas...Como se isso não bastasse, o próprio repertório é feito de "histórias cantadas". Facilmente nos deixamos levar no enredo e imaginamos tudo aquilo a acontecer. E o 'tudo' pode ser romântico, hilariante, nostálgico, dramático, quotidiano...

Depois realçar o SILÊNCIO...aquele que as 600 pessoas presentes na sala fizeram questão de guardar nos momentos de interpretação. Exceção feita a alguns hits, como "Pica do 7", "Nem às paredes confesso" ou "Lambreta", em que a participação do público não se fez esperar, impressionou-me o silêncio reinante na sala!

Em terceiro, mencionar o único convidado da noite: Diogo, o filho mais velho de Zambujo, que neste último álbum assina a composição e partilha a interpretação de uma das canções. Apesar da timidez visível,  a sua presença em palco, para interpretar três temas, surpreendeu pelo positiva!

Por último, referir a riqueza musical deste espetáculo que, sendo maioritariamente promocional de "Voz e Violão" , não descurou outros temas interpretados por Zambujo ao longo da sua carreira: alguns da sua discografia pessoal, outros de músicos que admira, abarcando vários géneros musicais.  

Exemplo disso, os fados "Foi Deus", de Amália (com que abriu o espetáculo) e "A Rosinha dos limões", de Max (de quem é fã confesso); os temas latinos, "Cucurrucucu Paloma",canção mexicana popularizada por Caetano Veloso, "Valsinha" de Chico Buarque ou "No rancho fundo", samba canção que se tornou icónico na voz da dupla sertaneja Chitãozinho &Xororó; e ainda uma moda alentejana, o cante com que tudo começou. 

Foi um belíssimo concerto, no qual reforcei uma certeza: se há algo - para além do AMOR- que nos salva nesta vida, que torna os nossos dias mais belos, é a ARTE...e a MÚSICA, em particular!