quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Dias arco-íris

Confesso que não gosto de fins de ano.
A minha alma fica um pouco cinzenta e, como se isso não bastasse, o tempo decidiu fazer-lhe companhia e o Inverno arrancou também ele em cinzento-chuva, cinzento-frio, cinzento-vento...
Por isso, e para afastar as más energias, hoje decidi pintar aqui um arco-íris! É que, no fundo, adoro a COR e sei que as cores têm uma grande influência nas pessoas e no ambiente que as envolve. Por isso, a minha última mensagem deste ano é sobre o significado das cores.

O branco significa luz, equilíbrio, paz e pureza. Afasta as energias negativas e traz boas vibrações.
O amarelo transmite calor e descontracção. Pode trazer dinheiro e riqueza.
O laranja significa movimento e espontaneidade. Pode ajudar nas conquistas pessoais e profissionais.
O vermelho é a cor da paixão, do amor e do desejo. Ao usá-la atrai força e energia.
O azul transmite tranquilidade, fidelidade, personalidade. Simboliza a paz de espírito!
Verde é a cor da esperança, dos recomeços. Renova as energias trazendo um novo equilíbrio.
Os conceitos de espiritualidade e intuição estão intimamente ligados ao violeta: inspiração, imaginação e estabilidade, são conceitos associados a esta cor.
O romantismo, a beleza, a saúde e a sensualidade estão ligados ao cor-de-rosa.
E o castanho representa maturidade, consciência e responsabilidade.
Já o preto está associado ao mistério e fantasia. Transmite também sofisticação e luxo.
O prateado está associado às novas tecnologias, à inovação e modernidade, e o dourado está simbolicamente associado ao ouro e à riqueza.
AGORA É SÓ ESCOLHER O TOM, PARA QUE POSSAM PINTAR OS DIAS DO NOVO ANO COM A COR QUE MAIS VOS AGRADAR...OU, SE PREFERIREM, FAZER DE CADA DIA UM ARCO- ÍRIS! FELIZ 2010.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

...a happy new year!

Ainda com um pé no Natal, mas já com outro no início de um novo ano, deixo hoje aqui este Happy Xmas (War is Over), de John Lennon. É uma das minhas canções preferidas nesta época, como já vos tinha dito aqui, porque reflecte -na música e na letra- o espírito da quadra, com todas as interrogações, algumas angústias, mas também os votos de mudança, felicidade e esperança que nos iluminam nestes dias.

"So this is Xmas
And what have you done
Another year over
And a new one just begun.

And so this is Xmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young.
A very Merry Xmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear.
And so this is Xmas
For weak and for strong
For rich and the poor ones
The world is so wrong.

And so happy Xmas
For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight (...)"

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ídolos

Não vejo muita televisão mas, de há umas 3 semanas a esta parte, tenho seguido as Galas do "Ídolos". É um bom programa de entretenimento e o resultado dos castings (que não segui, por não gostar do timbre humilhatório de que se revestem a maior parte das vezes) foi feliz, já que a qualidade dos candidatos é manifestamente boa.
Ora, a esta altura do campeonato o grau de exigência começa a aumentar e o facto de, em cada gala, sair um dos candidatos faz-nos estar mais atentos às qualidades ou às fraquezas de cada um. Infelizmente, já diz o ditado popular, "mais vale cair em graça, que ser engraçado"... E foi o que se passou ontem com a Catarina.
Para mim era das concorrentes mais completas e forte candidata à vitória. Mas o público preferiu expulsá-la ao invés de o fazer com a Inês ou o Salvador, malgrado as pouco felizes interpretações de ambos na gala de ontem.
Para além disso, ficou já patente em galas anteriores que, quer a Inês quer o Salvador, apenas funcionam bem em determinados registos, sendo -na minha modesta opinião- os concorrentes mais fracos desta edição.
No entanto, há concorrentes que, independentemente das suas qualidades, granjeiam uma simpatia especial por parte do público. Ora o público votou e -nesta fase do programa- a sua opinião é soberana. Perdeu-se uma grande candidata mas espero que não se tenha perdido uma grande artista...

domingo, 27 de dezembro de 2009

Falas de civilização...

Um poema de Alberto Caeiro, para reflectir por estes dias de balanço...

"Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!"

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

E é NATAL!

"Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos. Os amigos de longe e de perto.
Os antigos e os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro. Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos. Os constantes e os intermitentes. Os das horas difíceis e os das horas alegres, os que sem querer eu magoei, ou, sem querer, me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem não conheço senão as aparências. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos humildes a meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Uma árvore de raízes muito profundas para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos, para que novos nomes vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis para que nossa amizade, seja um oásis nas lutas da vida.
Que o natal esteja vivo dentro de nós em cada dia do ano que se inicia, para que possamos viver sempre o amor e a fraternidade."

VOTOS DE UM SANTO NATAL E DE UM ANO 2010 COM MUITOS MOMENTOS FELIZES!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

"Last Christmas" na versão David Fonseca


Apesar de não gostar particularmente desta música -ao contrário da amiga que me enviou o vídeo- não resisti a colocar aqui hoje "Last Christmas" na versão de David Fonseca.

Porque gosto de David Fonseca, como já registei aqui e aqui e porque mais uma vez, neste trabalho, prova que é um one man show. Para além da belíssima voz e dos diversos instrumentos que toca nesta performance, destaque para a concepção e realização do vídeo, áreas onde David Fonseca também dá cartas.
Registe-se ainda que o cantautor tem novo disco - Between waves - (em versão cd, cd+dvd, lp+cd e hugh fan pack) uma boa proposta para quem ainda não sabe o que oferecer neste Natal ;) Um artista que sabe (re)inventar-se e que, ainda por cima, tem raízes na nossa terra!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tempo para escrever um postal ?!

Tenho por hábito, nesta época natalícia, enviar uns quantos postais pelo correio tradicional. Ainda são uns quinze, nomeadamente para aqueles amigos com os quais costumava trocar correspondência nos "velhos tempos". Faço-o por uma questão de princípio e porque concordo com a máxima "Faz aos outros o que gostavas que te fizessem a ti!"
Na verdade adoro ter um postal na caixa do correio ;) Significa que alguém se lembrou de mim, comprou o postal, escreveu-o com maior ou menor inspiração (não sendo isso o mais importante), teve o trabalho de ir aos Correios comprar o selo e enviá-lo. E ontem recebi nada menos que 3 postais :)) Obrigada amigos!
Acredito que é bom mantermos alguns destes hábitos que nos obrigam a "perder" tempo, na voracidade dos dias que correm.
A propósito, deixo-vos um texto bíblico a que recorro muitas vezes. Apesar de ser do Antigo Testamento (Eclesiastes 3, 1-9) mantém a actualidade e, neste tempo, vale a pena parar para ler e reflectir:
"Para tudo há um tempo debaixo do céu.
Há momento para tudo e tempo certo para cada coisa.
Há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz."
PS - A ilustração de cima é de uma campanha dos serviços postais australianos e a mensagem é a seguinte: "Se realmente quer tocar alguém, envie-lhe uma carta". Assino por baixo...

domingo, 20 de dezembro de 2009

Exposição de presépios

Venho só lembrar que, no âmbito do Natal Penicheiro, está patente ao público, até 6 de Janeiro, no Pavilhão do Stella Maris, uma exposição de presépios, iniciativa da Pastoral da Fraternidade da Paróquia de Peniche.
Setenta e cinco presépios
(com diferentes tamanhos, elaborados em vários materiais e com estilos e origens geográficas diversas) podem ser apreciados todos os dias, das 14h:30 às 19h:00 e das 21h:00 às 23h:00.
Porque, digo-vos eu, vale a pena visitar esta exposição, não guardem para amanhã o que podem fazer hoje e vão até ao Stella Maris apreciar a diversidade e a beleza que a imagem da Sagrada Família -e seus acompanhantes - inspiraram! E inspirem-se também vós para viver da melhor forma o Natal que se aproxima. São esses os meus votos...
Foto: CMP

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Presépio de Lata

É o título de uma das músicas de Rui Veloso e Carlos Tê que mais gosto de ouvir. Aqui fica, bem a propósito destes dias que antecedem mais um Natal...Podem acompanhar a letra ouvindo-a aqui.


" Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene

Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se gazuas
Corre o cavalo nas veias

Há uma luz branca na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data

A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes

E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells."


PS - O presépio que ilustra este post não é de lata mas de barro...um presépio das Irmãzinhas de Jesus que, em Portugal, tem a sua casa-mãe em Fátima.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Prémio Pessoa 2009

Fiquei feliz por saber que o prémio Pessoa de 2009 distinguiu D. Manuel Clemente. Este prémio pretende “reconhecer a actividade de pessoas portuguesas com papel significativo na vida cultural e científica do país” e, como podemos ler na justificação da atribuição do prémio ao bispo do Porto, "em tempos difíceis como os que vivemos actualmente, D. Manuel Clemente é uma referência ética para a sociedade portuguesa no seu todo (...) A sua intervenção cívica tem-se destacado por uma postura humanística de defesa do diálogo e da tolerância, do combate à exclusão e da intervenção social da Igreja".
D. Manuel Clemente nasceu há 61 anos no Concelho de Torres Vedras e durante vários anos foi bispo auxiliar de Lisboa, nomeadamente desta zona Oeste, tendo sido nomeado bispo do Porto em Fevereiro de 2007.
Licenciado em História e Teologia e doutorado em Teologia Histórica, é presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, professor de História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa e director do Centro de Estudos de História Religiosa na mesma universidade. Interveniente e comunicativo é uma das vozes mais ouvidas da Igreja católica portuguesa, nomeadamente nas questões histórico-teológicas, sendo reconhecida a sua simpatia, acessibilidade e talento para comunicar. No ano passado, foi o primeiro bispo português a usar o YouTube para transmitir a mensagem de Natal. Para saberem algo mais, sugiro a leitura deste artigo do Público.

Mulheres

Estocolmo foi ontem cenário de uma gala histórica, graças ao número recorde de mulheres - cinco - distinguidas com o Prémio Nobel: Elinor Ostrom, a primeira a receber o de Economia desde a criação deste galardão; Herta Müller em Literatura; Elizabeth H. Blackburn e Carol Grieder em Medicina e Ada Yonath em Química formam o conjunto de mulheres que superou a fasquia estabelecida em 2004, quando três mulheres foram galardoadas.
Curiosamente, na revista MÁXIMA de Janeiro de 2010, li há dias um artigo intitulado 365 dias muitas mais mulheres que, na introdução, diz algo como "...quem ainda acha que este é um mundo de homens anda, no mínimo, distraído", e que -ao longo do artigo- vai referindo situações em que, durante o ano 2009, se começou a desenhar uma maior relevância feminina no mundo actual, tendência que deverá acentuar-se nos próximos anos. De 2009 aqui ficam alguns exemplos:
- em Fevereiro, Johanna Sigurdardottir toma posse como primeira-ministra da Islândia;
- Tzipi Livni, líder do Kadima, derrota Benjamin Netanyahu nas eleições em Israel;
- em Maio, Carol Ann Duffy torna-se na primeira mulher a ser distinguida com o prémio de poeta laureado do Reino Unido, em 341 anos;
- em Junho, a Forbes divulga que Angelina jolie é a maior celebridade do mundo e Oprah a mais bem paga;
- em Setembro, Marzieh Vahid-Dastjerdi toma posse como ministra da saúde no Irão, tornando-se a primeira mulher a ocupar uma pasta ministerial nos 30 anos de república do país;
- em Outubro, o Man Booker Prize é atribuído a uma mulher: Hillary Mantell;
-em Novembro, Portugal assiste à tomada de posse de cinco mulheres para cargos ministeriais...
São as mulheres a dar cartas, nomeadamente em áreas que lhes estiveram vedadas muitos anos, sem descurar os campos a que desde sempre estiveram associadas como a maternidade, o espaço doméstico ou o cuidado da família.
Os sinais dos tempos anunciam um mundo mais equilibrado nas questões de género, que esperemos se reflicta numa resposta mais inteligente e concertada face aos desafios que teremos de enfrentar nos próximos anos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

História antiga

Um poema de Miguel Torga que acho particularmente engraçado, bem a propósito da quadra...


"Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.

Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,

Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças."

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

NATAL Penicheiro



E porque é Natal, também está aí o NATAL PENICHEIRO.
Mais logo, na Igreja de S. Pedro,

Fado em Oração.
Amanhã, pelas 21h30, inaugura a exposição de presépios que estará
patente no Pavilhão do Stella Maris.A visitar...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Livros

O Natal está aí e já me trouxe uns presentinhos antecipados...ainda por cima LIVROS:

"Pegadas na areia", de Margaret Fishback Powers; "Inéditos", de Antoine de Saint-Exupéry; e "Citações e pensamentos de Agostinho da Silva", numa selecção de Paulo Neves da Silva. Tudo bons motivos de leitura.

Obrigada 'miga ;)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Morrer é só não ser visto

Acabei hoje de ler o novo livro de INÊS DE BARROS BAPTISTA, intitulado Morrer é só Não Ser Visto. É um livro composto por testemunhos de diversas pessoas, acerca da forma como encaram a morte e como fizeram, ou continuam a fazer, o luto por familiares e amigos que perderam ao longo da vida. Apesar do tema ser aparentemente soturno e triste, o livro surpreende-nos pela positiva, inspirando sentimentos de esperança.

Como refere a sinopse que podemos ler no WOOK: “(...)São histórias de vida que nos tocam pela capacidade de transmitir sentimentos e emoções sem máscaras e que nos inspiram pela força inusitada destas experiências de vida. As fragilidades da vida humana são aqui expostas. Os testemunhos recolhidos são de pessoas anónimas e personalidades conhecidas que foram escolhidas pela luz especial que comunicam e que através de um discurso positivo emitem sinais de esperança, força e amor. Sempre o amor. Com prefácio e posfácio de uma psicóloga e de um padre, o livro pretende chegar ao transcendente e aos mistérios da vida. "

O título do livro foi retirado de um poema de Fernando Pessoa, cujo aniversário da morte teve lugar na passada 2ª feira. E nas palavras do poeta...

"A morte é a curva da estrada,
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.

A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho."