quarta-feira, 20 de setembro de 2017

"É-me igual"...ou talvez não!

"(...)Viro canais, vejo sem ver
As coisas banais, o tempo correr nos telejornais
É-me igual (...)

Como já devem ter estranhado, não tenho andado muito para escritas...apesar de ser uma das coisas que mais gosto de fazer. A verdade é que não tenho conseguido traduzir em palavras as emoções, factos e reflexões destes últimos dias. 

Isto de nascer em meados de setembro, tempo de todos os recomeços e rotinas, fim de verão e início de outono dá-nos para uma certa melancolia. Ficamos nostálgicos, mas cientes que o futuro não passa por aqui...que as nossas preocupações e memórias têm mais é de ser alavanca para as mudanças que entendemos necessárias em nós e no mundo. Porque o mundo (e cada um de nós)  às vezes parece que está do avesso...

Estas últimas semanas têm sido propícias a este sentimento, seja pela ação da mãe-natureza (traduzida em sismos e furacões) seja pelas ações dos homens (a potenciar conflitos mundiais ou a entender como prioritárias causas fraturantes cuja discussão, neste momento, pouco ou nada acrescentam ao bem-estar geral).
Mesmo para alguém como eu, que não é adepta do zapping e há muito optou por não ver noticiários televisivos, é impossível dizer "É-me igual!"  Porque, por outras vias, vão-nos chegando ecos de vidas aflitas e a indiferença é a pior das respostas que podemos dar! 

Paradoxalmente, para ilustrar o post de hoje escolhi uma música que parece dizer o contrário disso! 
"É-me igual" é um tema de David Fonseca e se a escolhi hoje foi por -para além da melodia e da letra- gostar do embalo que lhe é próprio...que nos obriga a desacelerar, neste tempo que corre nos telejornais e na vida de cada um.

Parem, escutem e olhem 
para que no fim possam sentir qual o caminho certo a seguir!


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